Diga o que o PM disser claro que haverá austeridade no privado
Certinho, certinho, os mesmos de sempre vão pagar mais impostos, chame-lhe Costa o que quiser, mas para quem tiver menos rendimento é austeridade.
O sector público, onde estão o grosso dos votantes do PS, PCP e BE, mais uma vez vão escapar ao prejuízo. Eles que já gozam de privilégios.
- Diga o PM o que disser, claro que haverá austeridade no sector privado.
- Quem perder o emprego vai sentir austeridade. E desemprego é sempre no sector privado, não no Estado.
- Quem está em lay off sente austeridade. Temos menos poder de compra.
- Quem vir o seu salário reduzir-se sentirá austeridade. Ganha menos.
- Quem vier a pagar mais impostos sentirá austeridade. E o mais provável é que o Governo aumente mesmo os impostos. Aposto singelo contra dobrado.
- Para estas pessoas, dizer que não haverá austeridade é quase ofensivo.
- No sector público será diferente.. Aí não haverá nem cortes de salários na função pública, nem cortes de pensões. Não é uma escolha do PM. Não é exigível nem recomendável pelos especialistas.
- Primeiro: porque esta crise é radicalmente diferente da anterior. Não é uma crise de desequilíbrio orçamental. Logo, não é preciso uma austeridade de ajustamento no Estado.
- Segundo: na crise anterior os credores exigiram austeridade. Nesta crise, os empréstimos a contrair não terão essa exigência.
- Terceiro: esta crise é excepcional e irrepetível. Exige um novo pico de dívida, é verdade. Mas esse é um encargo excepcional. Pagar-se-á ao longo de 30, 40 anos, com pequenas poupanças, ano a ano.
- Posto isto, o importante era que o Governo garantisse uma distribuição equitativa de sacrifícios entre o público e o privado.