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BandaLarga

as autoestradas da informação

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DEPOIS, QUEIXEM-SE ......

Defensor estrénuo da economia de mercado e da propriedade privada, não vejo qualquer problema em que, nas áreas de interesse social não passíveis de concorrência directa, sejam empresas de capitais públicos a assegurar os serviços respectivos.

 

Mas, claro, com uma condição elementar, inerente até ao próprio conceito de “empresa” – o estado ou as autarquias não podem ser financiadores a fundo perdido. A empresa deverá lograr o seu equilíbrio económico. Eventualmente, poderá até comportar uma margem de prejuízo que a utilidade social do serviço e a sua inaptidão para o lucro possam justificar. Mas, ultrapassado esse limite, a dita empresa não poderá deixar de seguir o caminho das inviáveis - o encerramento ou a insolvência. Se assim não for, tal entidade nem merece o nome de “empresa”, pela simples razão de que não o é.

 

Vem isto a propósito do anúncio de nova greve dos trabalhadores da gestora do Metropolitano de Lisboa, parece que a terceira no lapso de um ano, sem contar com o alegre e acrescido contributo para as greves gerais, que tanto deleitam em extremo os profissionais da manipulação, dirigentes (com dinheiro alheio, já se vê) de umas organizações a que chamam sindicatos, as quais, porém, por motivos análogos ao exemplo acima referido, não merecem tal nome enquanto mantiverem a prática de mera orquestração política, indiferente aos interesses de quem dizem representar.

 

O estado socialista criou um esquema complicado, inútil, caro e inoperante de gestão dessas empresas de capitais públicos. Também o que mais bem permite a multiplicação de funções inúteis e que só colhem razão de ser na criação de cargos para albergar as suas parasitárias clientelas. Foi ele uma “holding”, chamada “Parpública” que, teoricamente, tira das que ganham para dar às que perdem. Mas que, na prática, recebe do Orçamento do Estado o necessário para manter em funcionamento as inviáveis, que são todas, porque, com poucas e pontuais excepções, todas perdem. Ainda com a particularidade, não despicienda, de que, para sustentar empresas mal geridas, com salários incomportáveis e comportamentos laborais reprováveis, como a do Metropolitano de Lisboa, tanto paga o cidadão lisboeta (utente maltratado) como o bragantino (que é maltratado sem ter a hipótese de ser utente)

É esse esquema de financiamento permanente a fundo perdido que confere aos privilegiados trabalhadores o privilégio de fazerem greves à fartazana, sem terem de se preocupar com o facto de o patrão chegar ao ponto de não ter dinheiro para lhes pagar a tempo e horas ou ter mesmo de fechar portas, contentando-se com um subsídio de desemprego e com o parco que viesse da liquidação, como acontece a quem não mama no OE..

 

Quem votou nos partidos que constituem a maioria actualmente no poder tinha a esperança de que isto viesse a mudar.

 

Desenganou-se. Passados mais de três anos, o cenário permanece inalterado, com as cúpulas a ufanar-se, os direitos dos utentes a frustrar-se e os cofres dos cidadãos a exaurir-se.

 

Depois, queixem-se quando perderem as próximas eleições.

 

São tão parecidos com os socialistas que usam o nome, que as pessoas pouco os distinguem.

 

E, daqui por uns dois anitos, quando acusarem esses socialistas que usam o nome de nos terem atirado para nova bancarrota., não se esqueçam de que, se tivessem sido diferentes, ter-lhes-iam inviabilizado o regresso ao poder.