Depois desta greve quem quer uma saúde pública monopolista ?
Há cada vez mais doentes a recorrer aos privados e ao sector social. E até aqui a razão principal era a incapacidade do SNS responder á procura. Listas de espera em consultas e em cirurgias que atingem mil dias . Urgências a transbordar .
Mas agora com a greve dos enfermeiros atingimos um novo patamar. Doentes oncológicos não são operados e suspendem o tratamento. Ultrapassou-se a barreira vermelha . A margem que separa a vida da morte .
A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros avisa o Governo para o risco de surgirem formas de luta “mais incontroláveis” que não sejam suportadas por sindicatos, considerando que os enfermeiros não ficarão serenos face à decisão de requisição civil.
A presidente da ASPE, Lúcia Leite, rejeita os fundamentos para a requisição civil decidida hoje em Conselho de Ministros e considera que o Governo “optou por um caminho que parece fácil, mas que lhe pode trazer dificuldades bem maiores no futuro”.
“Não acredito que os enfermeiros, depois de verem como os governantes os desrespeitam, vão ficar serenos com esta decisão”,
Quem é que a partir de agora ainda defende o monopólio da prestação de cuidados hospitalares públicos ?