Comprar tempo livre ganhando menos
A Suiça vai para mais um referendo, uma característa da sua democracia directa. Desta vez propõe que se pague um rendimentto mínimo a todos os cidadãos de cerca de 2 200 euros/mês .
Eu julgo que o que está aqui a ser experimentado é a fase seguinte das democracias e das economias sociais de mercado. O cidadão pode optar em comprar tempo livre de lazer e de acompanhamento da família ganhando menos.
Merkel num dos seus discursos à nação já chamou a atenção que com a introdução das novas tecnologias não haverá emprego para todos. Pelo menos trabalho a tempo inteiro. E há outros países como a Holanda a estudar o assunto.
Para que tal seja possível é necessário que a economia tenha capacidade para produzir o suficiente o que até agora só o sistema capitalista do Ocidente foi capaz. Quando a economia cresce todos ganham embora alguns ganhem mais do que outros. E se uma parte significativa de cidadãos queira ganhar menos ou mesmo deixar de trabalhar ?
A poupança poderá ser enorme. Milhares (milhões) de pessoas poderão trabalhar a partir de casa, não se deslocando de carro próprio ou de transportes públicos. Ou optarão em cuidar dos filhos e formá-los não tendo que pagar escolas. Poderão viver longe das grandes cidades contribuindo para o incremento da actividade económica no interior . Será poupado o ambiente e milhões de toneladas de CO2. Viverão com o que é necessário para ter uma vida decente abandonando o supérfluo, que é hoje um dos maiores problemas da humanidade.
A sociedade e o estado poderão canalizar as suas energias, competências e financiamento para os objectivos verdadeiramente importantes tornando a vida de toda a sociedade mais aprazível mais eficiente e menos turbulenta. Retirar pressão aos gastos da saúde e da educação.
Depois da globalização está a nascer a sociedade do futuro