Comprar a TAP com o pêlo do mesmo cão
O accionista privado tal como o Estado não meteu um euro na TAP . Nem querem meter. E o accionista privado já veio dizer que a TAP não precisa de aumentar o capital apenas precisa de um empréstimo garantido pelo Estado.
Os 75 aviões que entraram na TAP são arrendados devolvem-se se preciso for. O accionista privado está tão à vontade que já fez saber ao Estado que não aceita as condições impostas.
A companhia aérea portuguesa ( todos temos um fraquinho pela TAP) não tem massa crítica para ombrear com as grandes companhias aéreas. Uma população de 10 milhões de pessoas em que a grande maioria nunca viajou de avião nem vai viajar tão cedo. Temos muito menos dinheiro que a concorrência, menos tecnologia ( compramos os aviões em França e nos USA), e o combustível é importado.
Temos poucas vantagens. Trabalhadores capazes, rotas para a Madeira e para os Açores (que não sustentam uma companhia aérea) e na época própria os emigrantes. É tudo muito poucochinho.
Entalada pelas low cost e pelas grandes companhias a TAP só sobrevive com parcerias como a que o accionista Neeleman lhe oferece. Alavancar a dimensão da TAP em todas as suas vertentes.
A TAP precisa mais dos 400 aviões de Neeleman do que este dos 105 aviões da TAP.
Também não acredito que o estado feche a empresa( ia contra o coração dos eleitores) mas não há que ter dúvidas. O fundo do poço não se vê e vamos todos pagar com lingua de palmo.
Tudo embrulhado como mais uma grande vitória do governo socialista.