Com Sócrates tivemos a versão europeia de Lula e Chavez/Maduro
Joe Berardo foi uma criação ( não única) de um processo político que envolveu o governo, grandes empresas, bancos e a comunicação social com vista a dar ao seu comandante o poder supremo de decidir que empresas poderiam ter acesso ao crédito.
Tivemos em Portugal a versão europeia do que se passou no Brasil com Lula e na Venezuela com Chávez ou Maduro. O pernil de porco, as casas pré-fabricadas, como antes o mensalão, a troca da participação da Vivo pela da Oi, a defesa da PT da OPA da Sonae e outros negócios que se podiam pensar entre a tenda do defunto Khadafi e os palácios da América Latina são episódios desse pesadelo nacional de que só acordámos, a partir de 2009, pelo lado bom da trágica crise imobiliária “made in USA”.
A lógica era simples: Ricardo Salgado estava sempre com o governo de turno, a Caixa era nossa e o BCP, como maior banco privado, era a peça que faltava. Esse foi o racional do processo que movimentou Carlos Santos Ferreira e Armando Vara da CGD, em comissão de serviço, para o BCP; ou Francisco Bandeira, elemento da comissão da CGD que avalizou o empréstimo a Berardo sem as devidas garantias, e que foi colocado no BPN depois da derrocada cavaquista; ou, até, Celeste Cardona, que fez parte da mesma irmandade com Maldonado Gonelha.