Com esta dívida estamos à beira do precipício
É só dar um passo em frente para quem está à beira do precipício como nós estamos.
É preciso que não sejamos complacentes. E resolver”, disse Horta Osório na abertura o ano lectivo do ICSTE, em Lisboa, perante um auditório cheio de alunos e com o ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira, na plateia. “O que se passa no país desde a crise? O esforço brutal que as famílias e as empresas portuguesas fizeram dá-me a impressão de que a dívida deveria ter-se reduzido e não foi isso que aconteceu”, salientou.
A dívida de Portugal desde 2007 até hoje – dados do primeiro trimestre deste ano — mostram que a dívida total do país aumentou em 24 pontos percentuais, explicou Horta Osório, citando os últimos dados disponíveis. “É claro que as empresas passaram de 110% do PIB (em 2007, no período pré-crise ) para cerca de 100%. As empresas reduziram o seu endividamento, e bem, porque era — e na minha opinião ainda é — bastante alto”.
Também as famílias “fizeram um ajustamento brutal”, passando dos 87% de endividamento (em 2007) para cerca de 66%”. “Mas a dívida pública aumentou dos 68% [em 2007] — esteve nos 135% [nos piores anos da intervenção da troika] — estando agora nos 123%. Tudo somado significa que o total da dívida do pais aumentou em 24 pontos percentuais no espaço de 12 anos “e está em cerca de 300% do PIB”, mais precisamente nos 289%.
Tenham medo muito medo o diabo anda mesmo por aí.