Colocar Portugal na senda do crescimento duradouro e sustentável
Se Portugal continuar a ser (des)governado como nos últimos 20 anos perderemos uma oportunidade única de tirar o país do fundo da tabela. Não saíremos da cepa torta.
Cumpridas quase duas décadas deste século e concluídas dezenas de diagnósticos sobre as razões da nossa estagnação deveria ser agora que, finalmente, se passasse à fase de realização, eliminando os constrangimentos que tantos já evidenciaram. Por maioria de razão, num momento em que se prepara a chegada dos muitos milhares de milhões - mais de 15 - do fundo de reconstrução da União Europeia. Se a concretização do "Plano Costa e Silva" não resolver os estrangulamentos que Portugal tem nomeadamente na qualificação da mão de obra e na educação, na melhoria do funcionamento do sistema de justiça, no governo das empresas e no funcionamento dos mercados de fatores, então teremos perdido uma oportunidade irrepetível de colocar Portugal na senda do crescimento duradouro e sustentável.
António Costa tem pela frente a oportunidade de mostrar que não é só um governante poucochinho.