Cheira mal, cheira a Lisboa
Vamos ver se os srs. Medina e Salgado se safam neste meio lamacento. Há anos que Lisboa está a saque e que a sua Câmara Municipal passou a colossal central de negócios, onde manda um edil-infante e um "Dono Disto Tudo", outro Salgado, o homem que mais tempo esteve no poder nos Paços do Concelho (primo de Ricardo), controlando o acesso a todas as encomendas.
Não sabemos se a Operação Olissipus será conclusiva, mas que estes últimos anos cheiraram a infestação, lá isso cheiraram: o negócio da Torre de Picoas - onde subitamente o grupo Espírito Santo podia construir; o estranho caso dos terrenos de Entrecampos; a entrega em bandeja do espaço dos bombeiros ao Hospital da Luz (Grupo Espírito Santo); a misteriosa passagem da Quinta da Matinha (terrenos que eram da família Espírito Santo) para um fundo cujos verdadeiros proprietários são desconhecidos; uma disforme derrama hospitalar à beira-rio; demolições integrais ou parciais de edifícios fundamentais, como a moradia da Rua S. João da Mata, dos palacetes da Rua das Trinas e da Rua António Maria Cardoso, do Palácio de Rio Maior nas Portas de Santo Antão; destruições no Largo de S. Paulo; a delapidação da Garagem Liz; a recente moscambilha do quarteirão da Portugália; a obstinação na caríssima e complexa obra de prolongamento do metro do Rato até ao Cais do Sodré, etc.