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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Centrais de negócios pululam na administração pública

Organizam os concursos, fazem os convites aos fornecedores que entendem, executam os projectos e partilham a decisão nas adjudicações. É assim na generalidade da administração pública central e no poder local. Quem não alinha no esquema não tem trabalho. Mas já tivemos tantos exemplos ( Braga Parques, REN, Freeport...) que o que admira é que isto ainda seja notícia. Os técnicos dizem que são os decisores políticos que com as pressas habituais empurram os serviços para esses procedimentos. Os decisores políticos sabem que se não empurram, os processos caiem na burocracia bafienta. Aparecem os PIN forma escorreita de encaminhar subsídios europeus. No essencial, o relatório faz um ataque cerrado ao funcionamento da Direcção Municipal de Projectos e Obras (DMPO), que centraliza as empreitadas, sugerindo a existência de vícios no seu seio e o favorecimento de fornecedores — bem como a excessiva autonomia daquela estrutura técnica, relativamente aos decisores políticos eleitos. A prática descrita vinha de longe e permitia “todas as possibilidades de desvirtuação”. O “modelo de gestão” em vigor privilegiava “fornecedores instalados” e fazia com que, em média, o custo das obras feitas por ajuste directo ultrapassasse em 35% o custo que teriam se houvesse concurso público."

E, se alguém confrontasse estes esquemas havia sempre o "jornalismo de investigação" que trazia a público, sem contraditório, o que o sistema organizado lhe punha nas mãos.