BE está cada vez mais igual ao PCP
As melhores cabeças do BE têm abandonado o partido ou afastaram-se dos seus orgãos decisórios. Após Francisco Louçã o empobrecimento da intervenção política do BE é assustador. Dois coordenadores - João Semedo, um homem que fez a maior parte da sua vida política no PCP e Catarina Martins que não fez vida política em lado nenhum - são de uma pobreza franciscana, repetindo até à exaustão conceitos esfarrapados e mais que repudiados pelos cidadãos.
O que se pedia ao BE é que se afastasse do PCP numa decisão fundamental - conseguir o "rensemblement" da esquerda que o PCP nunca quis. Mas o que se percebe é que o BE não só não consegue fazer a união da esquerda como mesmo no seu interior são cada vez mais as vozes que reclamam mais discussão e maior liberdade.
Ana Drago, diz que a discussão de tão importantes linhas políticas "não se fazem com chá e torradas" e que isso a levou a abandonar a Comissão Política. Em causa está o facto de a direção política do BE ter rejeitado um debate com outros movimentos de esquerda, como o recém-criado Manifesto 3D, a Renovação Comunista e o anunciado partido Livre, para participar num processo de convergência que resultasse numa candidatura única às eleições europeias.