Bater com a cabeça na parede
Só haverá reversão das privatizações se não derem lugar ao aumento de custos para o estado. O que, obviamente, não é possível. Há custos associados aos concursos que têm que ser ressarcidos. E há lugar a indemnizações por incumprimentos de contratos. E há lugar à devolução de pagamentos já efectuados ao estado como no caso da TAP.
Esta é a posição do PS, com custos acrescidos não há reversão das meninas dos olhos da CGTP. Vamos assistir às primeiras escaramuças violentas com o estalinista Arménio Carlos.
O PS entende que os acordos nestas áreas têm de ser geridos segundo o princípio de que mudanças no que está feito não tragam custos adicionais para o Estado. O partido parece deixar em aberto a possibilidade de votar contra propostas de reversão que, na sua perspectiva, não sejam compensadoras para o Estado. O PCP já apresentou na Assembleia da República uma proposta para reverter as subconcessões dos transportes de Lisboa e Porto, bem como as privatizações da CP Carga e a fusão da Refer com a Estradas de Portugal.
Sempre que conhecemos mais pormenores dos acordos ficamos a perceber porque são secretos e foram assinados envergonhadamente.