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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Aterrorizar as populações

Fisco na sua infinita bondade enviou um aviso aos proprietários da floresta. Ou limpam a mata ou pagarão multas . Ora a maioria dos proprietários são gente de 70 e mesmo 80 anos, gente pobre que não têm dinheiro para pagar a quem faça o serviço nem condições físicas para o fazer eles próprios.

A não ser que se pretenda usar a força repressiva da Autoridade Tributária todos os anos para aterrorizar populações, esta estratégia não é viável por muito tempo. O mato cresce independentemente da vontade dos proprietários. E cresce muito depressa. Uma vez limpo, rapidamente será necessário limpá-lo novamente. É uma gestão permanente com custos que não desaparecem. Limpar um terreno não é como remodelar ou recuperar um prédio, que, uma vez feita a intervenção, só décadas depois necessita de outra. Uma solução para ser viável a longo prazo tem de ser economicamente vantajosa para os proprietários.

Tornar a floresta portuguesa rentável, ou, melhor dizendo, a sua gestão rentável, pode passar por facilitar a vida aos resineiros, por estimular o uso de lareiras e recuperadores de calor para aquecimento de casas, pela construção de centrais eléctricas de biomassa, etc. Há uns tempos, em conversa com Henrique Pereira dos Santos, lembrámo-nos de que as cantinas que dependem do Estado (cantinas escolares, prisões, hospitais, etc.) podiam incluir na sua ementa alimentos amigos da floresta, como queijo de cabra, frutos silvestres, cabrito, etc.

Mas dá trabalho...

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