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BandaLarga

as autoestradas da informação

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As viúvas alegres de Tsipras

Esqueceram a alternativa à austeridade, a renegociação da dívida e a submissão ao Tratado Orçamental.

Ao selar a capitulação incondicional daquele que há apenas dois anos era o herói europeu do movimento anti-austeridade, a entrevista a Tsipras confirma outra coisa: a falência da tese da "alternativa" à austeridade e às regras europeias num país do euro sem acesso a financiamento normal. Esta é uma lição importante para Portugal, onde essa "alternativa" foi promovida com vigor no espaço público durante os anos da troika por gente de todas as proveniências, sobretudo políticos e analistas à esquerda: a dura e a do PS.

Quem pensa que as viúvas do Syriza fizeram algum tipo de exame ao que andaram a defender está muito enganado. Há algumas viúvas tristes, na esquerda dura anti-euro, que acusam Tsipras de falta de coragem para romper com a moeda única, não explicando como isso se faria contra a vontade dos gregos. A maior parte, contudo, são viúvas-alegres. Hoje estão no poder ou próximas do poder. Tsipras, que outrora louvaram, não lhes merece comentário público. Apesar de aceitarem o engavetamento da reestruturação da dívida e a superação de metas de défice acordadas com Bruxelas, em público continuam a defender a posição falida de que austeridade passada era sobretudo uma opção.

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