As pessoas não querem saber se a saúde vem do publico, da privada ou do social
Tal como na Educação. Estão é interessados em saber se os serviços prestados são bons. Não entra na cabeça de ninguém que se financiem os maus serviços e se encerrem os bons. E são poucos os serviços em que o estado deve ter o monopólio da prestação.Se há uma capacidade crescente e de qualidade instalada no sector privado, cabe ao Estado integrá-la para uma melhor resposta aos cidadãos. Os princípios do SNS, de universalidade e equidade, não são postos em causa se houver convenções e acordos bem estruturados, que garantam concorrência, qualidade e o melhor preço. Esta discussão não pode ser ideológica, tem de ser pragmática. Não podemos ter um SNS assente em prestadores públicos só porque queremos ter um SNS organizado em carreiras. Se não arriscamos que o impacto do subfinanciamento destes prestadores o ponha em causa na sua universalidade e equidade, o que já se vê na existência continuada de listas de espera e no desinteresse crescente de alguma classe média, ainda que atenuado durante a crise.