António, se não consegues unir o partido, eu consigo
Foi em Janeiro de 2013 na agitada reunião em que António Costa enfrentou António José Seguro. Se não consegues unir o partido eu consigo. Mas parece que não. Mais uma vez Costa, falha. Não consegue unir o partido, nem deslocar nas sondagens nem sequer encontrar um candidato consensual às presidenciais.
Numa rápida visita aos últimos meses, percebe-se que o compromisso de unir o partido tem vindo a esboroar-se. E em várias frentes, contaminando-lhe a campanha. Nas listas. Na escolha do candidato presidencial - César de um lado, Costa do outro. Sampaio da Nóvoa à esquerda e Maria de Belém à espreita. Na reação à Grécia e a Sócrates. Na TSU. Nos discursos sobre o país - positivos para uma plateia de chineses, negativos para portugueses. Nos resultados das sondagens. Enfim, tudo tem servido para amolecer a cimentada liderança que Costa prometeu ao partido depois de um Seguro “de Pirro”.
A vida não está fácil para António Costa. É bem verdade que Roma não paga a traidores. Seguro escangalha-se a rir de puro gozo.