Acossado pela direita e sem apoio na esquerda
O PCP já há algum tempo que disse com todas as letras que não quer mais acordos com o PS e o discurso do BE em matéria de energia renováveis passou a papel selado a morte da solução comum.
Perdido o apoio da esquerda o PS volta-se agora para a direita. Começou com António Costa " O Governo quer uma relação normal e tranquila com o principal partido da oposição". Continuou com Carlos César : " O país precisa de outros consensos e de consensos mais vastos ". E Pedro Nunes Santos, " Em matérias estruturais vamos procurar o PSD e o CDS ". E Maria Manuel Leitão :" Desejo que com o futuro líder do PSD seja possível um entendimento".
O PS não quer chegar às eleições de 2019 colado ao PC e ao Bloco, previsivelmente para onde o PSD o quererá empurrar.
Sem apoio da esquerda o PS quererá ocupara o centro, onde se ganham eleições, antecipando-se ao PSD .
O PS quer agora aliar-se a um partido a quem impediu a governação depois de ter ganho as eleições . Largar a bóia que o salvou no curto prazo e agarrar-se a uma bóia que o salve a longo prazo.
Um governo que vai de trapalhada em trapalhada e que vai estar em perda e agonia lenta até ao final da legislatura. Daqui para a frente só há dragões. Remodelar ou fazer eleições antecipadas talvez não fosse má ideia até porque o PSD continua sem secretário geral e só o terá lá para Março.
O PSD a dar tempo ao PS que bem precisa dele.
PS : a partir do Expresso