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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Abrir a ADSE a mais pessoas é bom para todos.

É bom para o SNS porque descongestiona os hospitais públicos, encurtando os tempos de espera,  melhorando a qualidade dos serviços prestados e reforça a sua sustentabilidade financeira. É bom para os hospitais privados porque alarga a sua base de utentes. E quem contribui para a ADSE, mesmo que opte por ser atendido no privado, continuará a suportar, por via dos impostos, os custos do SNS.

E pelo lado do utente dá-lhe liberdade de escolha um direito que a extrema esquerda rouba aos cidadãos. Mas a Joana Mortágua não pensa assim. Para ela o verdadeiro problema é que os doentes escolham os hospitais privados e possam ter lucro.

“A abertura da ADSE a outras pessoas que não funcionários públicos (e respectivos familiares) “não faz sentido”, porque “estaria a alargar o acesso de utentes aos hospitais privados com prejuízo claro para o SNS”. Por isso, “a ADSE deve manter-se como um sistema fechado aos funcionários públicos e às suas famílias”.

Ou seja, para o Bloco de Esquerda a ADSE é um benefício para os funcionários públicos que deve ser alargado e reforçado mas que deve simultaneamente continuar vedado aos restantes cidadãos portugueses, presumivelmente pertencentes a uma casta inferior que não merece a liberdade de escolha e pode ser sacrificada no altar ideológico do SNS.

Curiosamente – ou talvez não – esta gritante situação discriminatória não parece também levantar quaisquer problemas no âmbito do enquadramento constitucional português, não tendo até ao momento sido vislumbrado pelas instâncias competentes qualquer conflito com o amplamente celebrado princípio da igualdade.

É esta a igualdade e a fraternidade que a extrema esquerda defende. Deixem-nos falar que quanto mais falarem mais mostram a cegueira ideológica que os tolhe.

 

 

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