A visão estatizante da economia mantém o país na pobreza
Estamos como estávamos há 25 anos. Com dois milhões de pobres, com pessoas cujo rendimento é de 450 euros/mês e com trabalhadores que ganham 635 euros. Não dá para ter uma vida digna.
E a dívida pública está nos 120% do PIB, o PIB cresceu em média 1% e as contas exteernas voltaram a ser deficitárias. Temos que mudar se não quisermos andar de mão estendida.
De acordo com João Cotrim Figueiredo, o documento “contém mais de 100 medidas”, quer para a fase imediata para se sair da crise sanitária, mas também um conjunto de propostas “para assegurar que Portugal não perde de novo o comboio do crescimento e que não fica condenado a mais duas décadas de estagnação e de perda de competitividade relativa, como tem acontecido em relação aos países da União Europeia”.
Em termos fiscais, para as famílias, a Iniciativa Liberal insiste na necessidade de “simplificar e desonerar o IRS, passando apenas para dois escalões, 15% e 27,5%”, ficando isentos os primeiros 700 euros de rendimentos mensal.
Já para as empresas, o partido quer um “plano ambicioso” como a redução faseada da taxa da IRC para 15% até 2023, a eliminação dos pagamentos por conta e da derrama estadual, bem como o abatimento dos prejuízos fiscais de 2020 e 2021 aos lucros tributados nos cinco anos anteriores, “reembolsando as empresas que deram o seu contributo fiscal no passado e que passam por dificuldades excecionais nesta crise”.
Na área do trabalho, o partido propõe a simplificação da legislação laboral e a “criação de um contrato de trabalho mais flexível, híbrido entre contrato de trabalho permanente e contrato de prestação de serviços”.
Já na saúde, e para “recuperar o tempo de atraso nas cirurgias e nas consultas que a Covid-19 criou”, mas também como solução de futuro, os liberais sugerem o alargamento do SIGIC (criado para combater as listas de espera) e do SIGA SNS ao setor social privado.
Insistir nas mesmas medidas e esperar resultados diferentes é estupidez.