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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A VIDA POLÍTICA - Prof Raul Iturra

Falava com uma senhora da minha confiança, que tem sido uma simpatia. Comentávamos sobre a morte de Allende e disse-me: o senhor vai desculpar, mas não gosto de política. Calei. A liberdade de se exprimir que eu respeito profundamente, existe. Essa liberdade de se exprimir manifesta-se en ouvir, ver e falar o que se estima ser verdade com argumentos sólidos e verdadeiros. Nem todas as pessoas devem ou podem gostar do que denominam vida política. Viu-se logo nas eleições de Maio para deputados do parlamento da união europeia. A abstenção atingiu o seu mais alto pico. Dentro de um universo de eleitores que ultrapassa os tres milhões de votantes, sufragaram apenas um 10%. Pensei eu de imediato: o povo português tem suficiente trabalho com as eleições dentro do país para andar também a votar por individuou-as que se sentam em escanhos longe do país. Votar pelos de casa, já é pesado, votar para que, como disse a senhora que trabalha na minha casa por pessoas que vão passear com o nosso dinheiro, eu por eles não voto nem gasto o meu tempo. Eu ouvi e calei. Sabia bem que não entendia que é governar. O governo nos países modernos acaba por ser uma parceria ente vários países do Velho Continente que legislam para evitar ações fraudulentas dos outro países que partilham a mesma moeda, o euro, e tropelias e trafego de influenças entre parlamentários dos países signatários do acordo do governo universal da Europa. Não apenas isso. Também há membros mais empobrecidos que recebem a colaboração em moeda ou em mercados em que se trocam bens. Os mercados pobres têm um sítio em que se debate quem deve partilhar trocas de compra e venda de bens, para colaborar com os países pobres. Argumento que não ia usar com a Senhora da minha confiança, que só me tem feito bem e ajudado a juntar os dinheiros que me eram devidos e por não serem pagos como correspondia, obrigava-me a viver com uma baixa pensão do meu governo luso. O Parlamento Europeu serve para colaborar e observar se as Assembleias ou Congressos Bicamerais dos países membros, respeitam a lei, a soberania, se a usam com um agir legal que corresponde a trabalhar com o povo, para o povo e é do povo, por outras palavras, legislaturas que são eleitas para o bem da República ou Monarquia que governa o país. Mas essa não era a política da que falávamos, era da vida pública de um Estado Nação que deve tomar conta do bem-estar dos governados. Não como na Suíça em que o governo no existe e os tres cantões-francês, alemão e italiano- são geridos por assembleias locais que gerem o mercado em bem de todos e por igual.

No dia em que nós começamos a ter problemas com a economia e o nosso mercado não era credível fora do país lusitano, o governo não hesitou, apresentou o seu problema à União Europeia que lhes emprestou dinheiro suficiente para pagar dívidas, construir indústrias e empresas, dar trabalho para os sem emprego e organizar um fundo de colaboração com recursos do Banco da União Europeia, o Banco Alemão e o Fundo Monetário Internacional-FMI criado para estas emergências. Como é evidente, essas dívidas devem ser devolvidas com os lucros obtidos como mais-valia a partir das novas atividades empreendidas cm os empréstimos.

Todo empréstimo tem um limite e deve não apenas ser usado para o bem dos mercados internos, bem como para avaliar acordos entre países que carecem de um bem para criar mercadorias vendáveis, bem como colaborar com pequenos empresários que, lentamente, vão expandindo a sua base lucrativa.

A política não é um estado de emoção: é trabalho espalhado entre todos, com capacidade de criar artefactos precisados por países estrangeiros que pagam em moeda o bem comprado. De tantas vendas, forma-se um erário público gerido por um governo credível porque demonstra ao mundo a sua capacidade de manufaturar, de exportações que criam uma acumulação de capital que colabora a pagar trabalhadores e a dívida, que tem um prazo. Prazo que ou se cumpre, ou a falta de pagamento gera interesse que passam a ser maiores que o empréstimo. O país assim apoiado, tem por dever pagar o empréstimo o não apenas juros ou interesses. Infelizmente, o mercado português ainda não convenceu outros países membros da União Europeia de ser um país credível porque os empréstimo têm ido a industriais que queriam mais numerário para incrementar sua indústria e não tem ido as mãos de jovens industriais para a criação de outras manufaturas. A solução encontrada tem sido privatizar as empresas que rendem para o estado, como os estaleiros, as cortiças, o vinho, a aviação, todo em mãos dos amigos do governo, eles próprios proprietários das atividades de trabalho que rendem lucro. Os mais novos, não têm recebido apoio: o dinheiro tem ido ara bancos que têm falido ou para empresas concorrenciais de outras mais lucrativas que moram fora da nossa República e não pagam réditos para o erário nacional. Pagam a outros, pelo que a legislatura atual incremente impostos, não se compromete nem com médicos, enfermeiros, forças armadas ou da segurança pública, que não rendem porque o seu trabalho é o de defender a soberania e a independência da nação, como acontece em todos os países que têm empresas manufatureiras que devem ser cuidadas para a segurança do operário, técnicos e material produtivo.

Sempre entendi, desde que Aristóteles a definiu em séculos antes da nossa era, que a política era o governo da polis o cidade em grego, Estado nos nossos dias que, no mal emprego da nossa democracia, o investimento nunca foi com o povo, para o povo e do povo, essa democracia da que já falara antes. A frase é do Pendente Lincoln dos Estado Unidos (1809-1865) que acabou com um sistema de trabalho em que africanos trabalhavam para os donos da terra que produzia algodão para lucrar eles com essas vendas. Sem pagar impostos para o erário nacional. Una larga parte dos EUA produzia madeira, resina, petróleo, sabiam de saúde e aplicavam suas descobertas para a nação. Em Portugal, os empresários têm investido em outros países o seu lucro, justamente o grupo que nos governa, sem que trabalhem para o bom povo português e criar industria que paguem salários do que se possa retirar uma parte como imposto para os bens públicos, outro para a saúde e um terceiro ainda, para pensão de velhice.

Gestão governamental que vem dos tempos da ditadura que fechou o país dentro de si próprio, sem criar bens que rendessem outros para vender no mercado público europeu. Ou das colónias que tivessem burguesia por se terem apropriado das terras nativas. O mercado de Portugal era essas colónias, roubadas aos nativos, acabadas em 1974. A manufatura falhou!

A seguir, foi necessário reconstruir o país isolado, com leis e partidos e uma Constituição para substituir a prévia, a da escravatura.

A política não é nem economia nem finanças, elas estão sujeitas a debate de diversas ideologias que é política pura de debate sem ação e a um povo sem meios de trabalho. O liberalismo económico deve acabar para organizar um país de mercado que exporta e dinamiza a mais-valia. Ai Portugal se ria um país credível e não esse que anda na casa de bruxas, lançando-se culpas de grupo a grupo. Isso não é política de governo e eu concordo cem por cento com a senhora que entende que esta é um miar de gatos que nem poupa nem investe nem trabalha em empresas acreditadas nos mercados internacionais.

Ou como Allende fez: retirou de mãos estrangeiras a riqueza do país, as minas tornaram a ser nacionais e havia um motivo para viver: trabalhar e lucrar dentro da Soberania da Nação. Quem faça isto, paga a dívida, emprega, contrata, faz quadros profissionais, faz de Portugal um país produtivo como a Irlanda que nada deve a ninguém, Chipre, parte da Espanha e da Grécia, países antes a viver de empréstimos e não do trabalho da população que precisa de um orientação económica líder no qual se confie e não apenas palavras, palavras, palavras, sem vendas de produtos nacionais, nem meio tostão. Isso é a política: um orientador acreditado pelo povo, herança que advêm ainda das colónias. Quem será o salvador? O povo com un governo que investa dentro dos limites da República e levante o ensejo da produção para comer, viver bem e depois vender o que é produto que a nação não consume. Sem bancos falidos nem a caridade da União Europeia. Allende o fez, o mataram, Humberto Delgado, assassinado também. Só fica esta coligação neoliberal que governa fora da Nação.

Senhora, tem toda a razão. Adiro a si. Vamos calar… por enquanto…. Paremos a violação dos Direitos Humanos em Portugal.

Raul Iturra

5 de Setembro de 20014.

lautaro@netcabo.pt

 

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