A verdadeira natureza do Bloco de Esquerda
"Tenho assistido com alguma incredulidade ao que muitos analistas consideram um erro do BE, da Mariana Mortágua e do tal assessor senegalês de boca suja.
Dizem que foi um tiro no pé!
Não podiam estar mais errados!
Não foi nada disso.
Foi apenas uma manifestação mais precipitada daquilo que são as reais motivações deste partido político extremista.
Foi uma manifestação mais óbvia do contínuo objetivo de subverter e minar a autoridade do regime vigente e do Estado.
Tecnicamente a palavra é subversão.
O BE é um movimento subversivo institucionalizado do atual Estado de Direito Democrático.
A sua única verdadeira motivação é a desconstrução do regime vigente e a conquista do poder.
Para isso disfarçaram-se. São o lobo sob pele de cordeiro.
Escolheram pessoas com ar agradável, aparentemente urbano, de voz melíflua, treinados para debitar os sound bytes certos para uma população urbana portuguesa em busca de alternativa à realidade mais dura que se nos apresenta.
Com esse espaço inteligentemente preparado pelo PM, carinhosamente apelidado de geringonça, têm infiltrado estruturas do Estado e outros setores a uma velocidade estonteante. Emprego, Segurança Social, Ambiente, justiça (até as magistraturas nos seus escalões mais baixos), comunicação social são os setores mais visados.
É um partido que tem os defeitos do PCP sem as qualidades que o mesmo tem e os defeitos do PS, também, sem as qualidades. O problema do PS é que tem no seu seio alguns infiltrados do Bloco.
O BE, em especial os líderes escolhidos, não faz ideia o que são verdadeiramente as classes trabalhadoras porque, em primeiro lugar, nenhum deles algumas vez fez o que quer que fosse que se parecesse minimamente com trabalho. Segundo, porque o povo simples na realidade incomoda-os, porque trabalha, não leu os livros certos, não frequenta as tertúlias certas e muitos gostam de música pimba. Excepciono aqui a sua líder porque dizem-me que era atriz...profissão que muito respeito. Ignorância minha certamente porque nunca vi nada com ela ou dela.
No entanto, quem ouviu ontem o discurso que fez aos jornalistas, tentando atenuar os efeitos incendiários que a intervenção da jovem Moortágua provocou, não pode deixar de ficar impressionado com o tom de voz adoptado, cheio de açúcar e aparente sensatez. Uma verdadeira artista...digo, atriz.
Não estejamos atentos a esta rapaziada, olhemos apenas para os populismo acéfalos que vão surgindo, e depois não poderemos dizer que não nos apercebemos."
Por Jorge Silva Carvalho