A TAP é o que é e não o que o Estado quer que seja
O accionista americano da TAP controla duas empresas de transporte aéreo que no seu conjunto têm 400 aviões, (uma nos USA e outra no Brasil) quatro vezes mais que a TAP que tem uma frota de 101 aviões. A TAP é e será uma pequena/média empresa de transporte aéreo entalada entre as companhias low cost e as grandes companhias .
A TAP (empresa de bandeira) ainda que vá a muito lado não irá a lado nenhum sem um accionista privado que acrescente dimensão . Canalizar os passageiros europeus para as companhias sul e norte americanas e vice versa, (passageiros americanos para a TAP) é uma estratégia que dá dimensão à TAP em todas as suas vertentes.
O Estado vai intervir como todos os estados europeus estão a intervir nas suas companhias aéreas. Sem gritos nem ameaças.
Esta intervenção, detalhou, será feita “na forma de empréstimo público (de Tesouro)”, contudo, Pedro Nuno Santos sublinhou que “não está excluída a possibilidade de, em fases posteriores, e por acordo, haver uma injeção com empréstimo privado garantido pelo Estado”. E essa ajuda financeira acontecerá em duas fases: “num primeiro momento que pressupõe a garantia de liquidez e num segundo momento que garante as mudanças necessárias para que a TAP ofereça as melhores possibilidades e viabilidade a longo prazo, que no fundo é o principal objetivo do Estado”.
E a reestruturação da TAP vai ser feita com redução de aviões, rotas e funcionários se assim for necessário como o ministro admitiu. Isto é, tudo no essencial o que o accionista privado tinha convocado o Estado para fazer.
Tudo o resto é ideologia barata, bravatas e ignorância.