Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

A sociedade genericamente desconfia do Estado

Nuno Garoupa

Ao mesmo tempo, porque o Estado é ele mesmo extrativo e corporativo, a sociedade genericamente desconfia dele. Por isso, não há um respeito intrínseco pela lei (por exemplo, nem existe a palavra “enforcement” em português), porque é sabido que a lei foi feita para beneficiar os grupos que dominam o Estado e não o bem comum. Existe, assim, um jogo de soma nula entre os diferentes grupos para capturar o Estado que justifica uma inveja antropológica e um permanente “nós vs. eles”, numa distinção em que a sociedade se desresponsabiliza de quem governa, algo tanto mais chocante em épocas democráticas porque o “eles” foi eleito por “nós”.

Como somos um país relativamente homogéneo e pequeno, não temos movimentos regionais ou locais que limitem o Estado central, o que explica porque muitas das características que observamos, sendo comuns a Espanha, França ou Itália, parecem ter em Portugal mais força e mais dinamismo.

1 comentário

Comentar post