A morte, quando evitável, não tem justificação nenhuma
O anterior ministro da saúde tem vindo a ser vítima de um ataque infame diário e sem direito a ser ouvido. Ao contrário, médicos e enfermeiros justificam-se, sem pinga de pecado, com o pagamento das horas extraordinárias. Como se a greve ou a tomada de posições extremas que levam à morte pudessem ser justificação .
Como se não houvessem soluções intermédias. Como se na equação o mais fácil seja que morram os doentes. Como se o resultado possível da discórdia não obrigasse a encontrar uma solução. Para mais quando havendo mais que um centro com as qualificações necessárias, a solução podia ser encontrada repartindo e menorizando os prejuízos entre eles.
Mas não, chegamos a um tempo em que os que têm emprego fixo e remunerado se consideram no direito de exigir mais. E, a razão apresentada, é sempre defender os mais fracos. Os que morrem nos hospitais por falta de assistência tal como nos transportes os utentes que não têm alternativa e ficam em terra apesar de terem bilhete pago.Os mesmos que acusam as farmacêuticas por exigirem preços insuportáveis nos medicamentos que salvam vidas
Não é ser de esquerda ou ser de direita. É ser insensível, é utilizar a força dos fortes contra os mais fracos. Como se houvesse justificação seja ela qual for.