A morte é só uma questão técnica - I
Há muito que compro o Expresso para ler a Revista durante o resto da semana. Esta semana já dei por bem empregues os 4 euros. Há um texto que reproduz uma entrevista com Yuval Noah Harari escritor israelita. A sua visão do que o mundo é e pode vir a ser.
Na minha idade é cada vez mais frequente a ideia " o cansaço de viver" . No meu caso ainda não tenho doença nenhuma nem dores, mas a questão é : por quanto mais tempo ?
A vida tem que ser vivida no conceito de pertencermos a uma grande caminhada com passado e futuro. Ter avós, pais, filhos e netos dá sentido à vida, um sentido de pertença a algo que não conseguimos explicar de outra forma. E vista assim a morte não coloca interrogações sem resposta.
O que pode influenciar esta caminhada são três pilares : uma guerra nuclear, o colapso ecológico e uma disrupção tecnológica ( segundo o escritor). Ora para evitar o colapso ecológico são necessários cerca de 2% do PIB mundial mais ou menos o que o Mundo gasta em armamento. Uma guerra nuclear é assustadoramente mais cara e a disrupção tecnológica ( a Inteligência Artificial e a Biotecnologia) pode ser controlada. Temos que nos focar nestes três problemas que são os mais importantes.
É pouco provável que neste século consigamos encontrar soluções para as causas naturais da morte mas vamos a caminho. Como evitar os AVC, o ataque cardíaco, o cancro é só uma questão técnica. Mas, claro, podemos morrer por sermos atropelados...