A jogar de novo na roleta viciada

A elevada volatilidade das bolsas é um maná a curto prazo para os investidores predadores . Já aí andam novamente os pacotes com nomes que nem os seus criadores sabem bem o que significam. A ganância é má conselheira .

Como os depósitos não remuneram nem pouco nem muito cresce o imobiliário . Há quem diga que o estouro da bolha vai ser pior só ainda não se sabe quando .

E é então que, dez anos depois do início da Grande Recessão, chegamos de novo aos estupendos produtos financeiros sintéticos. MBS, CDO, CDS, CDS ao quadrado, mezanines, prateleiras e etc. Desta vez, as agências de rating não estão a molhar o bico. Não as avaliam, não lhes dão nota AAA, já não se podem queimar; mas o mercado está outra vez a entrar em transe, fazendo de conta que as siglas diferentes não significam porcarias iguais. Santa ingenuidade. Sim, sim, esta vez vai ser diferente. As transações duplicaram do ano passado para este e até há fundos de pensões (americanos e canadianos), que deveriam ser intrinsecamente prudentes, a jogar de novo nesta roleta viciada.

O maior fundo da Noruega até em Portugal se encheu com 200 milhões.