A ingovernabilidade do Ministério da Saúde
Todos os dias há notícia de problemas. Seja na operacionalidade dos serviços hospitalares, seja nas greves dos funcionários, seja na contratualização dos serviços e bens ao exterior. E a pior notícia é que isto não se resolve com mais dinheiro atirado para cima dos problemas mesmo que o Estado o tivesse.
Uma das medidas para tornear os problemas são as Parcerias-Público-Privadas. Porque a gestão privada tem uma flexibilidade que a gestão pública não tem. Recrutar um médico ou um qualquer profissional na gestão privada é uma operação de dias, na gestão pública é uma operação de meses. Comprar bens e serviços na gestão privada é uma operação corrente na gestão pública é uma operação que requer concursos públicos e vistos de diversas entidades.
Para resolver uma lista de espera de consultas ou de cirurgias em atraso na gestão privada é um exercício de gestão simples, implementando horas extraordinárias, na gestão pública é preciso o ministro aprovar e o ministério das finanças desbloquear as verbas.
Usar a capacidade hospitalar privada instalada não requer nenhuma reforma do ministério, sendo a forma mais rápida, eficaz e barata de resolver os problemas de excesso de procura dos hospitais públicos.
Há quatro maternidades públicas em Lisboa que em Agosto estarão a tempo parcial. Basta encaminhar as grávidas em excesso para os serviços materno-infantis dos hospitais privados. É assim que se faz nos países interessados no bem estar dos doentes.
As minhas duas netas nasceram num hospital privado e recomendam-se. E não, para o estado não é mais caro.
Opção plena pelo serviço público está vedada há dez anos por razões orçamentais. Responsáveis do sector afirmam que a modalidade resolverá a falta de especialistas. Ministra mantém silêncio