A gestão da floresta
Um dos meus amigos possui umas dezenas de propriedades florestais. O pai aceitava o pagamento de dívidas com a entrega de imóveis florestais. Conhece meia dúzia ali perto da aldeia os restantes não conhece onde estão situados. Os filhos não conhecem nenhum.
Outro amigo tem uns tantos e ainda vai fazendo despesa com a limpeza . Os filhos não conhecem a localização de nenhum deles. Mas vai dizendo que a despesa com a limpeza não tem resultado nenhum porque os vizinhos não fazem limpeza nenhuma. Ardem os dos vizinhos e ardem os dele.
É esta a questão. Uma floresta arde porque está carregada de material combustível, não é tratada .
Estes dois amigos que são da mesma região já tentaram reunir os restantes proprietários e lançarem uma unidade de biomassa. Não conseguiram reunir vontades. Juntar os proprietários é uma tarefa impossível. E a câmara esteve envolvida no processo.
Ora o que parece é que o estado se deve deixar de produzir legislação que ninguém cumpre e vá para o terreno em conjunto com o poder local e tome medidas concretas com ou sem a vontade dos proprietários relapsos, ou as tragédias vão acontecer ciclicamente.
Deitar dinheiro para cima dos problemas é fácil e tentador. O SIRESP custa 500 milhões e mais 40 milhões/ ano, pois seja. Os aviões custam uns milhões o dinheiro aparece. E os muitos milhões de equipamento e de gastos com o pessoal é tudo fácil. Basta aumentar impostos . Agora trabalhar afincadamente anos seguidos no terreno isso faz doer as costas.
E não é politicamente correto falar nas vítimas nem nas calamidades não vá conhecerem-se os que ao longo dos anos foram os decisores que levaram à presente situação.