A fome foi a principal razão da queda do Muro de Berlim
A fome. Hoje sabe-se que as farmacêuticas alemães ocidentais pagavam ao governo comunista da RDA para que os seus cidadãos fossem cobaias nas suas experiências de novos medicamentos. Não, as farmacêuticas não pagavam aos cidadãos-cobaias, pagavam ao estado comunista.
Uma economia em farrapos : "Entre 1964 e 1989, cerca de 33.755 prisioneiros políticos e 250.000 seus familiares foram vendidos para a Alemanha Ocidental, por um valor total de 3,5 mil milhões de marcos", diz o historiador Andreas Apelt à BBC, no dia em que se assinalam os 25 anos da queda do Muro de Berlim. Há também registo de negociações de presos por bens de primeira necessidade ou matérias primas, como café, cobre e petróleo.
Nenhum governo comunista conseguiu tirar da miséria o seu povo e isso explica "um país dois sistemas" na China, o absoluto isolamento da Coreia do Norte e de Cuba e a queda ao primeiro abanão da ex-União Soviética. Ainda hoje a realidade está à vista de todos nos países saídos do sistema comunista. São os países mais pobres da Europa e todos esperam ansiosamente os subsídios da UE para saírem da miséria. Tal como aconteceu com Portugal.