A flexibilização das leis do trabalho é o sentido único
O PS e o governo do PS vão empurrando com a barriga a exigência do PCP e do BE para reverterem as leis do trabalho . A CGTP ameaça . Vai ser um dos nós górdio da relação entre estes partidos à esquerda . E, claro, podem contar com a oposição determinada dos empresários.
Mas há uma razão para as empresas contratarem a prazo. Para além das eventuais necessidades ligadas a uma maior produção num tempo certo, as empresas recorrem a este mecanismo porque precisam de trabalhadores novos e não conseguem, de forma eficiente, que estes substituam trabalhadores mais antigos eventualmente menos produtivos.
A resposta da esquerda é introduzir ainda mais rigidez nas relações laborais (revertendo as medidas do tempo da troika), achando que assim estão a defender os trabalhadores. Estarão, é verdade, mas estarão a defender sobretudo os maus trabalhadores e os que já têm emprego, numa visão paternalista. Criando, assim, uma barreira quase intransponível para a tal "geração mais qualificada de sempre" e para aqueles que tiveram a infelicidade de cair no desemprego e dele não conseguirão sair. Os lugares estão ocupados, e bem guardados.
E são estes mesmos que impedem " a geração mais qualificada de sempre" de ter trabalho que choram lágrimas de crocodilo com a sua saída para o estrangeiro.