A ferro e fogo
Por acordo entre os dois maiores partidos o Presidente da Assembleia da República era indicado pelo partido mais votado. Foi assim até Outubro passado. Nessa altura o PS com a ajuda do PCP e do BE impôs Ferro Rodrigues.
Ora sabe-se bem que quem com ferro mata com ferro morre e desta vez quem pagou foi Correia de Campos, ex-ministro da saúde, demitido por Sócrates face às mudanças (boas) que estava a introduzir no SNS mas que não agradavam aos sindicatos e ao PCP.
Apesar do acordo PS e PSD - são necessários 2/3 dos deputados - vários deputados ( de ambos os partidos ou só de um deles?) roeram a corda e não votaram Correia de Campos para Presidente do CES . O que parecia pacifico mostrou-se afinal ser uma guerra surda . BE e PCP não votaram e o PS ficou nas mãos do PSD senão mesmo nas mãos da facção bloquista do partido socialista que não gosta de socialistas moderados como é o indigitado.
Agora vamos ver no que dá a nova ronda depois do PSD ter mostrado que o governo não deve contar com a posição de conforto com que tanto sonha. Hoje apoia-se no BE e no PCP amanhã no PSD e no CDS. Não está fácil.