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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A Estratégia do Hidrogénio salvaguarda o interesse público ?

Qual é a pressa do ministro do ambiente e do secretário de Estado da energia?

A Alemanha orçamenta para o hidrogénio 9 mil milhões de euros e Portugal orçamenta 7 mil milhões sendo que o PIB alemão é 16 vezes maior que o português. Porquê a pressa?

O hidrogénio, ao contrário do que pretende passar o Governo, está ainda longe de ser uma opção para a mobilidade em automóvel particular e uma estratégia nacional que aposte por aí de forma desfasada com o resto da Europa até poderá ser bom para meia dúzia de empresários próximos do Governo, mas não o é para o interesse público. Por outro lado, tem potencial para se afirmar como uma alternativa como fonte de energia para os transportes rodoviários pesados ou de longa-distância, ferroviário, marítimo e mesmo aéreo, setores de muito elevadas emissões de carbono.

De forma análoga, para a indústria, o hidrogénio representa uma oportunidade para a descarbonização de muitos subsetores que tradicionalmente têm enormes gastos energéticos e para os quais a eletricidade ainda não é capaz de dar resposta, por exemplo para a obtenção de muito elevadas temperaturas como na indústria da metalurgia, química, vidro e cerâmica ou cimento. Mas por outro lado, o caminho do Governo de defender a queima de hidrogénio em larga escala para produção de energia elétrica ou em equipamentos domésticos em casa é, no atual estado de desenvolvimento das diferentes tecnologias, um erro: é significativamente menos eficiente que as outras soluções.

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