A economia da partilha
A pandemia fez acelerar o conceito de economia de partilha e de outros modelos assentes na iniciativa privada, nas empresas locais e na satisfação dos colaboradores.
A economia de partilha e a economia frugal têm evoluído e apresentam-se cada vez mais como modelos alternativos. Trata-se, no essencial, de modelos económicos que continuam centrados na iniciativa privada e no empreendedorismo, que não descartam o apoio do Estado em momentos de crise, mas que se centram também (e é aqui que inovam) na partilha, na colaboração, na solidariedade e nalguma frugalidade.
A economia de partilha – ‘sharing economy’ – e a economia frugal – ‘frugal economy’ – assentam nos seguintes pressupostos: mais do que alicerçar a economia apenas na produção em massa, em grandes multinacionais, na deslocalização da produção, no crescimento desenfreado, na competitividade empresarial, na obtenção de ganhos a curto prazo e no individualismo, as empresas e as comunidades podem – e devem – entreajudar-se, pensar mais à escala local, desenvolver microproduções, apostar em pequenos clusters, ajudar as comunidades locais, incentivar o microcrédito, competir de forma leal, reutilizar bens e utensílios e adotar práticas ambientalmente responsáveis.