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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A dívida, em termos absolutos, cresce todos os meses

A dívida já ultrapassou os 250 mil milhões de euros . O governo que a faz crescer todos os meses diz que agora a vai fazer descer. O que não diz é que a descida é para os níveis anteriores ao crescimento. Faz novos empréstimos aumentando-a, para a fazer descer. E assim se batem novos recordes .

O ministro das Finanças, Mário Centeno, ainda em meados de Setembro, reiterou a previsão de descida da dívida em percentagem do PIB, assumindo mesmo que esta deveria registar "a maior redução em 19 anos" ainda este ano. Mas em valores reais, o montante da dívida continua a subir. 

Ninguém quer discutir esta questão. A dívida continua insustentável. "

O primeiro-ministro António Costa referiu, após a melhoria da notação da S&P, que prevê que a partir de Outubro o rácio da dívida pública sobre o PIB comece a baixar, terminando o ano abaixo dos 128%. Note-se que em 2008, antes da grande crise financeira do subprime, a dívida pública em percentagem do PIB era de 71%. Depois apresentou um crescimento muito acentuado até 2012, atingindo 126%, e agravando-se, estabilizou, nos últimos anos, nos 130%.

O Ministério das Finanças prevê que até 2020 este rácio ainda seja de 118%, num cenário em que o quadro macroeconómico se mantém estável e positivo como é actualmente.

Ora isto demonstra, por si só, a insustantibilidade da dívida pública portuguesa. Mesmo num cenário bastante positivo de economia a crescer 2%, défice público abaixo dos valores apresentados nas últimas décadas e economia europeia e mundial a crescer, Portugal será incapaz de, nos próximos anos, reduzir acentuadamente a dívida pública em percentagem do PIB para valores sustentáveis, que cumpram com os compromissos que Portugal assumiu com os seus parceiros europeus.

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