A diferença entre um estado cúmplice e a União Europeia
As regras mudaram e são claras. Os accionistas do BES vão pagar até ao último euro. Salvar o banco parando a hemorragia é uma coisa pagar os prejuízos é outra. E paga quem ganha com os lucros. Como já se viu se não for a Europa a pôr cobro ao assalto, por cá já se está a ensaiar o "passa culpas" . Para a CMVM foram os controlos internos que não funcionaram. Para os revisores internos foi o Banco de Portugal que não deu a devida atenção à informação facultada. Mas agora há leis e a forma como o governo vai negociar com Bruxelas pode mostrar de uma vez por todas que o nosso destino colectivo não tem que ser a "apagada e vil tristeza".
Em causa estão as novas regras, reguladas pela Direcção-geral da Concorrência da Comissão Europeia, definidas pela directiva que está em vigor e que se manterá até que entre em vigência o mecanismo único de resolução.
E, no Executivo, tal como noticiado pelo Negócios a 16 de Julho, considera-se que no caso do BES essa prova é muito difícil, senão impossível.
As novas regras europeias foram já aplicadas na Eslovénia no final do ano passado quando o país precisou de fechar dois bancos e reestruturar outros três.
Sim, o que me interessa é um Portugal democrático, na União Europeia e no Euro. Sermos um país moderno, solidário e igual aos outros países europeus.