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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A Democracia trouxe os papéis do Panamá à luz do dia

Só uma sociedade civil livre e a exercer os direitos que lhe são reconhecidos em estados de direito é que é possível que um consórcio de jornalistas investigue e traga à luz do dia os papéis do Panamá. Mais tarde ou mais cedo a liberdade encontra formas de atacar o crime e a corrupção e vencê-los. E esta é a mais importante conclusão que se pode tirar desta investigação.

Não por acaso, entre os milhares de criminosos encontram-se poderosos de países onde não há liberdade. E também não por acaso nesses países, a que alguns cantam loas, não há limpezas destas . Nada ficará como dantes.

É que no Panamá há uma certa empresa, a Mossack Fonseca, que faz do seu ramo de negócios abrir outras empresas. O azar é ela ter sido agora alvo da maior fuga de documentos da história do jornalismo.

Também há países ocidentais, é claro, representados neste furo coordenado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.

A dimensão é extraordinária: se nos Luxleaks, que nos revelaram como algumas multinacionais fogem ao impostos através de acordos privilegiados com o Luxemburgo, tínhamos um monte de informação, aqui não temos uma montanha, mas uma cordilheira. São mais de 200 mil as empresas fictícias cuja documentação é revelada.

E não se espere que os Estados acabem com estas práticas. É necessário que a sociedade civil apoie a Justiça a levar até às ultimas consequências todo o processo. E meter os poderosos na prisão.