A China a quem vendemos empresas estratégicas nacionais
A China a quem o Estado vendeu grandes empresas estratégicas é hoje o inimigo económico a abater. Isto demonstra bem como os nossos políticos não têm visão estratégica. O que era bom há 10 anos hoje é mau.
E não foi só à China, as vendas ao dinheiro angolano também não primam pela consistência. Era dificil fazer pior. Mas os países europeus também não mostraram interesse e deixaram as empresas chinesas comprarem a eito
O presidente francês Emmanuel Macron pediu explicações à China a propósito do surto do novo coronavírus e a vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, manifestou a intenção de ajudar os Estados-membros a impedir que investidores chineses tomem posições importantes em empresas europeias fragilizadas pela pandemia.
Era bom que, no relançamento económico do país pós-pandemia, se promovesse a emergência e a consolidação de projetos industriais. Nomeadamente, aplicando no desenvolvimento de novos produtos o conhecimento que tem vindo a ser produzido pelos centros de excelência tecnológica do nosso sistema científico e de inovação.
Para além dos sectores tradicionais, que já mostraram ser particularmente resilientes mesmo em cenários de crise, há atividades de elevado valor acrescentado em que somos ou podemos vir a ser muito competitivos, como as energias, a aeronáutica, a mobilidade sustentável, as tecnologias de informação, a robótica, a inteligência artificial, a saúde/farmacêutica, entre outras.
Mudar o modelo económico reindustrializando o país é a chave para tirar Portugal da apagada e vil tristeza em que se afunda há pelo menos 25 anos.