A CGTP quer traçar a estratégia da AutoEuropa
A médio e a longo prazo não sei se estão a ver. Amarra-se o Grupo Alemão a uma estratégia que o obrigue a permanecer em Portugal, sejam quais forem as tropelias dos sindicatos, e temo-los na mão.
Deixamos de ter medo de deslocalizações, fica-se com a certeza que os investimentos continuam a fluir e a gestão do pessoal é a que se quiser ( a da CGTP claro está) . Berlim paga e nós mandamos.
Como é que não nos tínhamos lembrado disto ? Este Arménio Carlos é uma cabeça...
E como é que a óbvia inquietação do arrogante estalinista coincide com a decisão da administração avançar unilateralmente com o novo horário e com a falta de peças que fez parar a produção da fábrica ?
Numa fábrica com a capacidade de planeamento da AutoEuropa não faltam peças a não ser que sejam fabricadas num fornecedor que esteja nas mãos de um qualquer sindicato afecto à CGTP. O que não é o caso.
A fábrica de Palmela tem em Portugal 47 fornecedores e em todo o mundo cerca de 3 000. Alguém acredita que o planeamento exigido a tão elevado nível falhe ? Arménio também não acredita e reaje metendo o governo ao barulho .
Afinal o Grupo Alemão fecha a fábrica quando bem entende e se a produção não corresponder às necessidades planeadas fecha-a de vez.
E, para que no futuro a fábrica de Palmela fabrique carros eléctricos são necessários investimentos em equipamentos que o Grupo alemão só os fará se entender que é essa a melhor estratégia.
E, a certeza, é que não traçará a sua estratégia em parceria com o governo português e muito menos com os sindicatos.
Era só o que faltava . Coitados dos trabalhadores...