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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Quando a população se revolta fica claro que já nada tem a perder

É o que se passa na Venezuela . Três milhões de venezuelanos que fugiram do país . Uma economia com uma hiperinflação de 1 000% . Em média cada venezuelano perdeu 11 kgs devido à fome. É claro que há alguns a engordar .

Maduro aceita eleições antecipadas para a Assembleia Nacional não para a Presidência. Aumentam os sinais que o processo em curso está a acelerar. Hoje chegou a Caracas um avião russo com capacidade para 400 passageiros só com a tripulação. Está pronto a levar Maduro e seus apoiantes para a Rússia ?

Mais uma catástrofe comunista. Dizem que é da baixa do preço do petróleo e por culpa do embargo imperialista . Tal como em todos os outros desastres a imaginação não abunda e a culpa é sempre alheia nunca é dos próprios que governam o país.

Na Venezuela há dois indivíduos que se dizem Presidentes: Juan Guaidó e Nicolás Maduro. Guaidó tem o apoio de EUA, Canadá, Brasil, Paraguai, Colômbia, Costa Rica, Equador, Peru, Chile, Argentina, Portugal, Espanha, França, Alemanha, Holanda e Reino Unido. Maduro tem o apoio de Rússia, Turquia e Cuba. Qual dos dois é um ditador?

81% dos Venezuelanos querem que Maduro deixe a presidência

E 84% querem a realização de eleições. Não chega ou este não é o povo boliviano da Venezuela ?

Perante a hecatombe ainda há por cá quem defenda um regime que não tem nada para oferecer ao povo. Continuar na miséria é o horizonte oferecido. Porque para além da ilegitimidade há essa questão fundamental. Continuar na miséria sem saída e sem esperança é legítimo ?

Que tem Maduro e o regime para dar perante a situação pré-guerra civil ? A única saída é a realização de eleições livres com as forças armadas neutrais a assegurar a transparência constitucional e observadores internacionais a viabilizarem o reconhecimento internacional.

Acelerar contra a parede não parece ser solução. Nem boa nem má.

O socialismo não apresenta um único caso de sucesso

A Venezuela é mais um caso onde o socialismo borregou. Acabou o petróleo acabou o socialismo .

A Venezuela é hoje um Estado falhado. Com elevados níveis de miséria, em que parte substancial do seu povo vive com enormes dificuldades para comer e subsistir. Mais de 2 milhões de Venezuelanos fugiram do país. Mas ninguém tem coragem para lhes chamar refugiados. Creio que só a Síria terá hoje mais refugiados. Mas a ONU não se mostra capaz de sequer trazer o tema para o centro do debate mundial. A Venezuela tem hoje uma hiperinflação e uma moeda que pura e simplesmente deixou de ter valor. O PIB caiu mais de 20% no último ano.

Ora, aquilo que Chavez e Maduro fizeram nos últimos 20 anos foi exatamente a fórmula que a extrema-esquerda em Portugal sempre defendeu e continua a defender. Nacionalizações e controlo do Estado de quase toda a economia. Controlo absoluto do pensamento marxista nas salas de aula, da primária à universidade. Um Estado omnipresente. E sem liberdades para quem se opõe. Uma legislação laboral extremamente rígida. Total hostilidade para com a iniciativa privada e o investimento privado.

Foi Maduro que entregou a Venezuela a Trump

Chavez sempre esteve legitimado pelo voto popular. Maduro nunca foi eleito.

Mas, na realidade, nem as boas intenções já lá estão. Como JÁ ESCREVI EM SETEMBRO, cerca de 2,3 milhões de venezuelanos abandonaram o país nos últimos dois anos e 1,3 milhões sofrem de desnutrição. A Venezuela teve, pelo quinto ano consecutivo, a inflação mais alta do mundo. Em troca de um brutal crescimento da dívida, a China está a conquistar novos acordos de exploração de gás, expande as suas operações petrolíferas no país e aumenta a sua participação acionista em empresas petrolíferas venezuelanas. O chavismo prometeu independência nacional e socialismo. Maduro entregou os recursos a um país estrangeiro e atirou o povo para a mais vil das misérias. Luta apenas pela sua sobrevivência.

Imperialismo americano ?

Centenas de milhar de imperialistas venezuelanos revoltam-se contra Maduro

Os Estados Unidos, Brasil, Colômbia, Peru, Canadá e México já reconheceram o Presidente da Assembleia da República Venezuelana como Presidente da República.

Centenas de milhares de Venezuelanos ocupam as ruas de Caracas e das principais cidades. O exército ainda não se mexeu em apoio de qualquer das partes. Espera-se a qualquer momento que as Forças Armadas reconheçam o novo regime.

Mais uma vez o povo afirma o primado do Estado de Direito e da Democracia contra a Ditadura.

Ganda maduro o PCP saúda-te !

Em nome do povo português mesma daquele que teve que fugir da Venezuela.

Em nome do Partido Comunista Português, envio-lhe as calorosas saudações por ocasião da sua tomada de posse como Presidente da República Bolivariana da Venezuela para o mandato de 2019-2025, em conformidade com a vontade do povo venezuelano expressa nos resultados da eleição presidencial de 20 de Maio último e a ordem constitucional venezuelana.

Face à agressividade das campanhas de desinformação, guerra de desestabilização e perigosas ameaças de escalada intervencionista do imperialismo e seus servidores, é de crucial importância expressar a solidariedade para com a defesa da soberania e independência nacional da República Bolivariana da Venezuela e o direito inalienável do povo venezuelano a determinar o seu caminho de desenvolvimento livre de ingerências e ameaças externas.

Convicto de expressar os sentimentos de amizade do povo português para com o povo venezuelano, reafirmo a firme solidariedade dos comunistas portugueses para com a resistência e luta do povo venezuelano para vencer as dificuldades e desafios actuais e prosseguir o caminho libertador aberto pela Revolução bolivariana.»

Na Venezuela um presidente não eleito sucede a um ditador

Maduro, como todos os ditadores, não cumpre as regras da democracia. Não foi a eleições mas no próximo dia dez vai ser nomeado presidente da república para o terceiro mandato. Tudo normal.

A Aliança de Lima  - Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia - não vão enviar representantes para a cerimónia assim aprofundando a estratégia de progressivo isolamento do regime de Maduro. Só o México ficará de fora .

A extrema esquerda portuguesa chamará a estes países e a esta posição política contra um ditador " o imperalismo ".

Nós sabemos o que Chavez fez não sabemos o que Bolsonaro fará

Há muita gente preocupada que Bolsonaro faça no Brasil o que Chavez fez na Venezuela . E com razão. Mas se o fizer espera-se que os democratas, tal como fizeram com Chavez, o critiquem e lhe retirem o apoio.

O PCP e o BE é que estão numa armadilha nada cómoda. Porque se continuarem a apoiar Maduro não poderão deixar de apoiar Bolsonaro. No essencial o sistema de Maduro é o mesmo que Bolsonaro diz que quer impor ao povo brasileiro.

A justiça passará a ser feita nas ruas ? Pois na Venezuela os assassinatos são o pão nosso de cada dia e até há opositores que se "atiram" do alto de um arranha céus. Vão faltar no Brasil os bens essenciais ? Os Venezuelanos famintos vão ter que emigrar para outros países vizinhos . Os direitos humanos e sociais vão ser espezinhados ? Na Venezuela já só se luta diariamente para matar a fome.

Em relação ao Brasil ainda todos temos a oportunidade de ter esperança. Já na Venezuela a esperança é que as regras democráticas voltem a ser respeitadas . É uma abissal diferença, entre a ditadura e a Democracia.

Crise humanitária na Venezuela

A pobreza na América do Sul é endémica. A Argentina anda novamente a negociar com o FMI mais uma ajuda. O Brasil afunda-se numa profunda recessão e a Venezuela está numa crise humanitária.

Culminando a reação internacional contra o caos económico e social na Venezuela, que resulta na fuga de muitos milhares de refugiados venezuelanos para os países vizinhos, que está a assumir a dimensão de uma crise humanitária, vários países latino-americanos acabam de pedir ao Procurador-Geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) uma "investigação preliminar" sobre a possível prática de crimes contra humanidade, invocando as maciças violações de direitos humanos, incluindo incontáveis execuções extrajudiciais.

Falta uma "União Europeia" na América do Sul .