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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Só com gente vinda de fora

Tal como sempre disse e defendi, o BCE não deveria nunca ter comprado títulos de dívida pública de nenhum país, sem que esses países ficassem obrigados a implementar as reformas que cada um deles necessita para eliminar os seus déficits, iniciarem trajectórias descendentes nas suas dívidas públicas acumuladas, e tomarem as medidas necessárias para melhorar a produtividade e competitividade das suas economias.

Ao ter comprado títulos de dívida de todos os países membros do euro, gerando dessa forma uma baixa generalizada dos juros, a todos os países, sem no entanto ter recebido em troca, nenhum compromisso, nem obrigação, por parte dos países, de fazerem as reformas necessárias, só andaram a adiar o problema, e a dar balões de oxigénio, mais tempo e liberdade aos países faltosos, para que pudessem continuar a adiar e a empurrar prá frente com a barriga as resoluções dos seus problemas de governação e de contas públicas.

Pode ser que um dia a UE, deixe de acreditar no pai Natal, e acabe mesmo por ter que meter na cabeça, que com alguns países, só mesmo à força e com gente vinda de fora é que alguma vez farão o que tem que ser feito.

Mas pelos vistos, ainda não foi desta que aprenderam.

Sobre o Déficit de 2015 - 2,98% - por Rui Mendes Ferreira

Ficámos agora a saber, por um documento enviado à UE, pelo actual governo que o deficit de 2015, afinal foi de 2,98%, e assim sendo, foi o governo de Passos Coelho e Paulo Portas que retiraram Portugal do procedimento por déficits excessivos!

Tudo isto está confirmado pelo INE e comprovado por documento do actual Governo enviado a Bruxelas!

Percebe-se agora, que o PS andou a esconder este feito, pondo em causa os interesses de Portugal e de todo um povo, apenas por oportunismo e interesses políticos!

O governo anterior, em 4 anos, não só tirou o país da banca rota, como nos livrou da Troika, chamada por Sócrates, assim como nos livrou do Memorando de Entendimento negociado por Sócrates.

Portugal, em menos de 4 anos, conseguiu reduzir o seu deficit de 11,2%, criado e deixado pelo PS de José Sócrates, para 2,98%! Valor este, que, teria sido menor, com toda a certeza, não tivesse estado já em funções, o actual governo, no último trimestre de 2015, e não tivesse sido de sua autoria o fecho de contas, relativas a esse ano.

Ou seja, sabemos agora, que com toda a certeza, não só ficámos abaixo dos 3% requeridos pelo Tratado Orçamental, como até teria sido cumprido provavelmente o objectivo de 2,8% constantes no OE de 2015.

Conseguiu-se uma redução de praticamente 8,3%, o que deu uma média ligeiramente superior a 2% a cada ano, no volume de endividamento público do Estado.

Vou repetir, em 4 nos reduzimos o déficit do Estado, em 8,3%, a uma média superior a 2% por cada ano, com o anterior governo.

Tudo isto, é certo, com muito sacrifício dos Portugueses, mas com resultados positivos que finalmente já estavam a ser uma realidade.

Mas mesmo com uma tão grande redução nos gastos públicos, ainda assim, o anterior governo, deixou-nos um país com contas públicas controladas, em cumprimento (pela primeira vez) dos tratados europeus, e do Tratado Orçamental, deixaram uma economia a crescer 1,6%, ao ano, desemprego a baixar, investimento privado em crescendo, investimento público dentro dos valores orçamentados, sem recurso a cativações, nem suspensões de gastos e investimentos já aprovados, as exportações a crescer de forma sustentada, e a baterem records consecutivos, e, não menos importante, mas também pela primeira vez, o país apresentou ao longo de 2 anos e meio, uma balança externa com excedente.

Conseguimos ainda, registar um saldo primário, com excedente, o que significa que a partir desse momento, já não estávamos mais a gerar dívida adicional resultante de gastos correntes, mas somente resultante dos custos dos pagamento de juros.

Os juros da nossa dívida, no início do 3º trimestre de 2015, estavam perto dos 1% ao ano, e absolutamente em linha com os juros pagos pela nossa vizinha Espanha.

E presentemente, o que temos?

Temos o actual governo a esconder despesas por todos os meios, a tentar martelar contas, a não pagar a fornecedores, a aumentar cada vez mais a dívida pública, agora a um ritmo ainda mais rápido, e a cativar e cancelar toda a despesa que estava no Orçamento de Estado, prevista como investimento público, para tentarem alcançar uma redução do deficit de uns míseros 0,4%.

Vou repetir: o actual modelo de políticas de governação, está a criar uma brutal factura adicional, e já deram cabo dos ganhos que as contas públicas e a economia do nosso país já estavam a conseguir, para supostamente conseguirem reduzir o déficit somente em 0,4%. E pelo que sabemos, nem estes 0,4% estão ainda certos.

Se com tantos cortes, e mais aumentos de impostos, e aumento das receitas, e nem assim conseguem reduzir o deficit, e a dívida voltou a crescer brutalmente, então para onde está a ir o dinheiro? Só pode estar a ir para mais despesa do Estado, e que anda a ser novamente escondida do povo português. Por agora, pois mais tarde ou mais cedo, ela irá ter que aparecer.

E tudo isto, apesar de terem aumentado as receitas com a recolha de impostos, em mais de 2%. Para os menos conhecedores, em média cada 1% do PIB corresponde +/- 1,75 a 1,80 ,mil milhões de euros.
E, como se não fosse suficiente, a Espanha, continua com os seus juros na ordem dos 1%, e Portugal, já está a pagar na ordem dos 3,5%.

Para terem uma ideia, se tivéssemos taxas de juros dentro dos valores que a Espanha está a pagar actualmente para o prazo a 10 anos, juros esses que com o anterior governo conseguimos alcançar, por cada 1% a menos, teríamos uma poupança nesta factura no montante de 2,35 mil milhões de euros. Como desde que o actual governo assumiu funções, os nossos juros subiram de 1% para 3,5%, este aumento de 2,5% representa um custo de 6,4 mil milhões de euros ao ano, que iremos pagar a mais, que aquilo que pagaríamos futuramente, se eventualmente tivéssemos mantido o anterior governo, e o anterior rumo.

Vou repetir: a mudança de governo, e a inversão das políticas de governação, e a mudança do caminho que estávamos a seguir, irá custar-nos futuramente, só em juros, mais de 6,4 mil milhões de euros por cada ano, que poderíamos vir a deixar de pagar, se tivéssemos mantido o rumo.

Para terem um exemplo da grandeza, deste valor, é mais que aquilo que o nosso país gasta durante um ano inteiro, com o Serviço Nacional de Saúde, e que poderiam vir a ser poupados, se não tivéssemos mudado de governação.

Isto está-no a sair muito caro, e irá sair ainda mais caro e durante muitos e muitos anos. Aqueles que duvidam disto, ou não acham que é assim, só se estão a enganar a eles próprios.

A economia reduziu o crescimento para valores abaixo dos 0,9%, ou seja, basicamente regressou à estagnação, a nossa balança externa deixou de registar excedente e passou a ser novamente altamente deficitária, o desemprego não baixa, os impostos que já antes eram altos, ficaram ainda mais altos, o consumo e o investimento desapareceram quase por completo, o Estado suspendeu todas as despesas de investimento, que poderiam gerar algum trabalho e algum crescimento, e os impostos, a dívida, e as despesas correntes, e despesas com pessoal no Estado, são actualmente as a únicas coisa que estão a crescer.

E tudo isto e toda esta inversão de resultados, de terreno positivo para regresso a negativo, foi conseguido em menos de 1 ano.

Menos de um ano, foi quanto levaram para estragar todo um trabalho de 4 anos.

Se tivéssemos mantido o anterior trajecto, em menos de dois anos, o nosso deficit ficaria não só totalmente eliminado, como pela primeira vez na nossa história, iríamos conseguir obter um superavit e, por essa via, iniciariamos a efectiva redução da dívida soberana do nosso país.

Se tivéssemos mantido a anterior via, em 2018, já estaríamos a construir um melhor legado para os nossos filhos e as seguintes gerações, sem novas dívidas e ainda a conseguirmos reduzir as existentes.

Socialistas e Comunistas acharam que este não era o caminho a seguir, e em menos de 9 meses, não só deram cabo de todos os sacrifícios que andámos a fazer, como ainda colocaram o país novamente numa senda para o crescimento da dívida pública, dos custos dos juros, e na estagnação económica.

Podemos dizer que a culpa de tudo isto é dos partidos que actualmente nos governa, pois contrariamente ao resultado das eleições, não foi este o governo que escolhemos?

Sim, de facto podemos. Mas em boa verdade, este caminho só está a ser invertido, e com os resultados péssimos, que ao fim de muito pouco tempo já estão bem à vista, porque o quem nos governa, sabe que este novo caminho, o caminho da facilidade, da irresponsabilidade e da total ausência de respeito pelas gerações seguintes, tornou-se a vontade da maioria do povo português.

Um povo e uma nação, que após ter sido sujeita a 4 anos de duras dificuldades, opta livremente por mandar às urtigas em pouco mais de meio ano, tudo o que se alcançou com enormes esforços em 4 anos, em boa verdade, merece totalmente o país miserável que somos, e que tudo indica, queremos continuar a ser.

Quem não merece um país e um legado destes, são os nossos filhos, netos, e seguintes descendentes, pois ainda nada fizeram nem contribuíram para esta situação. Mas serão eles que irão ter que pagar por todo o mal que lhes andamos a fazer, mesmo que, muitos deles, ainda nem sejam nascidos.

Estamos a presenciar um "suicídio colectivo", económico e social", e uma autêntica auto destruição de toda uma nação e de um povo, mas de forma deliberada, aceite, e consciente, e feita pela maioria do seu próprio povo. E como se não bastasse, ainda estamos a fazer questão, de arrastar para a miséria, as futuras gerações.

Alguns até de borla são caros

Rui Mendes Ferreira E nem tem que ser em todos os salários, nem em todas as pensões. Nem aliás o FMI se refere a todos. Segundo eles dizem e concordo, basta cortar nos salários de todo o sector público, de forma a colocá-los dentro dos valores médios que os trabalhadores do sector privado auferem, e cortar somente nas pensões da CGA, de forma a que o Estado não tenha que continuar a sonegar receita fiscal do Orçamento de Estado proveniente dos trabalhadores e empresas privadas, para injectar anualmente quase 4 mil milhões de euros na CGA. Ou então basta aumentar a TSU dos funcionários públicos e criar uma taxa adicional sobre os pensionistas da CGA, de forma que eles comecem a pagar descontos, de acordo com as reformas que recebem, e para que as receitas deste sistema autónomo de pensões passe a ter uma situação totalmente equilibrada entre as receitas e as despesas. Basta corrigir estes dois únicos items da despesa pública, e o deficit público, ficará imediatamente, totalmente e facilmente eliminado. E sem danos alguns para a nossa economia. Antes pelo contrário, pois ficam corrigidos 2 dos maiores desequilíbrios que o nosso Estado tem bem dentro dele, o que permite de seguida, começarmos a reduzir a carga fiscal, sobre as empresas, e depois sobre os cidadãos. Andamos a complicar o que podia ser tão simples. Assim houvesse vontade, e coragem para o fazer.