Um em cada quatro pensionistas entre os 50 e os 69 anos continua no mercado de trabalho.E 132,2 mil pensionistas têm um segundo rendimento. Isto é auferem uma pensão e um vencimento. A maior parte porque precisa de dinheiro. Mas há quem o faça sem ser por razões financeiras. 57% destes pensionistas passou a esta condição através de uma reforma antecipada. Uma larga fatia espera continuar a trabalhar por mais de dez anos. Apenas 7% espera sair do mercado de trabalho dentro de um ano.
Os cidadãos com dois rendimentos (pensão e salário) representam cerca de 13,3%% do total de desempregados (939 000).
Se o emprego é próprio, criado por si, nada a dizer; se é no privado tenho dúvidas; se é no estado não tenho dúvidas nenhumas. Devia ser dada prioridade a quem não tem rendimento nenhum.
Vão-me dizer, que são pessoas cheias de experiência e que não se deve perder essa mais-valia. De acordo, mas então encontre-se uma forma de o reformado não impedir a entrada no mercado de trabalho dos mais jovens. Por exemplo, recorrendo ao "part time". O reformado compõe o rendimento e o jovem aprende com o sénior ao mesmo tempo que aufere um rendimento.
Bem sei que não é simpática esta proposta mas, estou em crer, que mais tarde ou mais cedo estes caminhos de trabalho em tempo parcial vão impor-se. Cada vez há mais gente interessada em ter tempo para viver a vida em família e a viver melhor e com menos.
É só somar e subtrair : Os funcionários públicos representam 2,2 mil milhões de euros dos cortes na despesa pública que o Governo pretende fazer até 2014 no âmbito da reforma do Estado, ou seja, 46% do total. Quanto às poupanças que o Governo prevê alcançar com os pensionistas, estas atingem os 1,38 mil milhões de euros, menos do que o executivo tinha previsto encaixar com a reforma do sistema de pensões em maio (1,446 mil milhões). A 3 de Maio, o Governo enviou uma carta à troika em que especificava as medidas da reforma do Estado até 2015, apontando para um corte cumulativo de 4,7 mil milhões de euros neste horizonte temporal.
As estimativas do FMI estão em linha com as do Governo até 2016, ano em que tanto o Executivo como o Fundo estimam que o PIB esteja a crescer 1,8% e que a taxa de desemprego esteja nos 17,5%. Em relação ao défice, o Fundo espera que este seja de 1,9% do PIB em 2016, mas Vítor Gaspar apresentou uma previsão mais optimista, apontando para os 1,2%.
E como a partir de 2014 não há onde ir buscar dinheiro, a não ser aos mercados, ou cumprimos o programa ou a economia tem que crescer o dobro do previsto coisa que nunca aconteceu. E como só há criação de postos de trabalho a partir dos 2% do PIB o desemprego também vai descer muito devagarinho. É claro que bem gostaria que não fosse assim!
Não há medo que as medidas a tomar para que os professores possam dar aulas leve o PSD a perder votos. "Há deliberadamente quem queira instigar uma guerra contra os professores como se nós, agora, quiséssemos despedir os professores todos e as escolas funcionassem sem professores. Também há quem queira instigar contra os pensionistas e reformados”.
O primeiro-ministro não tem medo que falar dos professores leve o PSD a perder votos e afirmou que o Governo não tem nada contra esta classe profissional.
“Precisamos de professores nas nossas escolas mas, alguém de bom senso, inventa que fazer se não existir alunos para que os professores dêem as aulas ?. Faz sentido o Estado contratar todos os anos professores quando tem outros que não têm que fazer ?”, salientou.
Passos Coelho garantiu ainda que o executivo não pensa colocar nenhum professor efetivo na mobilidade.
“Não é preciso, mas é preciso que os professores efectivos possam dar aulas. Não vamos pagar a um professor efectivo para não dar aulas numa escola, e contratar um outro professor para outra escola em que há falta de professores”, frisou.
E isto não é, garantiu, um discurso contra os professores.
Passos Coelho admitiu que vai acordar com a Troika o aliviar do déficite para 2014. Está aqui a medida que vai substituir o corte nas pensões.
De uma volta, livra-se de um tremendo problema social e de uma zaragata com Paulo Portas. E ajuda a outra medida emblemática anunciada, a do crescimento.
Desta vez a decisão veio do mais alto nível político e não da Troika nem de Vitor Gaspar. É a prova que em Bruxelas e em Berlim os esforços que temos estado a fazer são reconhecidos. E cai de vez a tolice das eleições antecipadas. No prazo de um ano ter eleições autárquicas, europeias e legislativas seria um ano perdido em termos de governação.
Entretanto, em setembro as eleições na Alemanha vão mudar muita coisa seja qual for o resultado. Muito especialmente se o SPD, social democrata ganhar. O discurso está a mudar e as condições para sair desta situação estão a juntar-se. Mas ainda vai levar alguns anos.
A D. Branca não pode viver do orçamento de estado, senão estamos desgraçados, diz o Dr. Daniel Bessa. Os pensionistas estão à espera que cheguem os mais novos com os seus descontos, mas como estes não descontam por estarem desempregados...
A Segurança Social foi uma coisa muito parecida [aos esquemas piramidais e Dona Branca]. Encarregou-se de distribuir pelos que estão dentro o dinheiro dos que estão a chegar", disse o director da COTEC Portugal, durante um debate sobre "Funções do Estado", que decorreu hoje na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
O Dr. Silva Lopes, ex- ministro das Finanças, diz que não há por onde cortar a não ser nas pensões. Acha muito bem. Os grisalhos estão a asfixiar as gerações mais novas.
Sou a favor da contribuição de solidariedade social, sou a favor desta taxa que o Governo agora promete e que, se calhar, também vai ser declarada inconstitucional. E digo uma coisa: se nós temos a Constituição e a interpretação do Tribunal Constitucional a impedir estas coisas, isto rebenta tudo", avisa José Silva Lopes.
É isto, sem precisar de mais nada, para quem ainda tem dúvidas: 80% das pensões acima dos 2 500 Euros são recebidas por funcionários públicos. ( em em DoteCom.blog")
A comunicação social e os partidos da oposição fazem tudo para manter e mesmo aumentar a confusão. Mas não há razão para haver dúvidas :
A contribuição de sustentabilidade sobre as pensões apenas será tomada em caso de absoluta necessidade, sendo que o Governo está colectivamente empenhado na identificação atempada de alternativas, de forma a que a medida possa ter uma forma completamente diferente ou possa inclusivamente ser substituída completamente por outra medida que seja considerada menos gravosa», declarou o ministro, em Bruxelas.
É melhor passar à frente. Problemas que cheguem temos nós.
Mas, há, como já foi explicado. Trata-se de uma almofada para garantir a execução do déficite de 5,5%.
A medida "apenas será tomada em caso de absoluta necessidade, sendo que o Governo está colectivamente empenhado na identificação atempada de alternativas", afirmou Gaspar. Isto porque, lembrou, todas as medidas acordadas com a troika são susceptíveis de ser substituídas por outras de qualidade e impacto orçamental equivalentes. Gaspar precisou ainda que a questão das pensões não foi abordada na reunião do Eurogrupo.
A oposição estava já a afiar a "navalha" com esta taxa sobre as pensões e com efeitos retroactivos. Uma machadada das antigas na credibilidade do governo junto de três milhões de pensionistas. Foi capaz de ter sido uma jogada para o "partido dos contribuintes e pensionistas" aparecer impante a gritar "só por cima do meu cadáver".
Mas também é claro que a posição da troika sobre o assunto era mais que conhecida, havia pois, que ganhar tempo e espaço. Se tivesse que ser apesar de todo o empenho do governo...
A discussão é agora sobre a trapalhada. Os politólogos e comentadores avulso, afinam pelo mesmo diapasão. Tinham a dentadura ( a maioria deles já postiça) preparada para chorar banha e ranho sobre a maldade que o governo "insensível socialmente", tinha feito sobre os pobres idosos que não se podem defender. Não deu, muda-se a partitura. Agora é a trapalhada que mina a credibilidade da República. Mesmo bom, são os governos de um só partido, podem mandar o país para a bancarrota que nós só sabemos no fim. quando vem a factura a pagar...
E eu a julgar que a democracia é a arte da negociação, da discussão, da cedência...
PS : O Eurogrupo acaba de aprovar as medidas propostas pelo governo à Troika. Descansem agora e recuperem até à próxima confusão.