E cada menina do Instituto de Odivelas custa 2 000 euros mais. Mas mesmo assim não querem fundir os dois colégios. Dizem que apresentaram uma solução. As partes comuns - secretaria, lavandaria - seriam objecto de fusão e, voilá, já está!
Um aluno do Colégio militar ( 360 alunos) custa ao Estado por ano 12 000 euros, uma aluna de Odivelas (320 alunas) 10 000 euros e 30 000 euros nos Pupilos (140 jovens).
Depois há uns senhores que estão sempre contra toda e qualquer mudança no Estado, no caso estão contra a "destruição". O mesmo se passa com os vários hospitais militares que estão para serem juntos, num só, aqui em Lisboa.
Não mexe, custe o que custar! É esta mentalidade acerca do estado e dos serviços públicos que devemos combater, até porque quem defende este monstro são os partidos minoritários - PCP e BE.
No outro dia ouvi no Prós e Contras um exemplo apresentado por um Almirante. Dizia que os hospitais militares estavam a ser desactivados sem ter existido uma discussão sobre o assunto.
Os militares têm quatro hospitais em Lisboa e julgo que mais um no Porto. Os militares e suas famílias não serão mais que 200 000 pessoas o que não chega para ter um só hospital. Mas têm quatro, pelo menos. Foi agora decidido que três deles em Lisboa fechassem e se concentrassem no Hospital da Força Aérea no Lumiar. Há quarenta anos que a guerra acabou, há quarenta anos que o desperdício com estes hospitais é um crime. Mas estão zangados!
Os números não enganam. Portugal tem militares a mais. Segundo um estudo do Instituto de Defesa Nacional são 18 mil soldados, 12 mil sargentos e 8 mil oficiais.
A situação é caricata. Há mais que um comando militar para um subalterno. São 38 mil militares no total. É uma média de 3,7 militares por mil habitantes. Em Espanha a relação é de 2,75 na Alemanha de 2,50 e em França de 3,47.
Mesmo assim os militares já tentaram de tudo para não sofrerem os cortes que o ministro Aguiar Branco quer aplicar, 8 mil em pessoal e 218 milhões de euros. Hoje prometem a insurreição.