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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A lealdade de Centeno perante o evoluir da economia

Perante o relatório arrasador do Barclays sobre a economia Portuguesa deve Centeno manter a lealdade  para com Costa ou para com o país ? Centeno já teve dois públicos desacordos com Costa sobre as 35 horas e sobre a execução orçamental. Mas perante a cada vez maior unanimidade na necessidade de mais medidas o tempo útil para Centeno é cada vez menor. O político vai arrastar o técnico para uma situação em que ficarão ambos nas mãos dos apoios da extrema esquerda ?

Quem cede primeiro Centeno ou Costa ? Luis Campos e Cunha aguentou 5 meses as aventuras de Sócrates. Fernando Teixeira dos Santos rompeu publicamente com Sócrates sem o avisar. Que fará Centeno ?

Parece claro que PCP e BE não aceitarão mais medidas restritivas da despesa impostas por Bruxelas mesmo que novo resgate espreite.. Mas que fará Costa perante uma economia a crescer abaixo de 1% e com um défice de 4% ? Bate o pé à União Europeia ?

Politicamente poderá haver margem para discussão mas, tecnicamente, mais tarde ou mais cedo alguém poderá ser tentado a renegar três vezes os princípios em que foi formado.

Não é uma opção é um drama.

Sócrates e Costa são as duas faces de uma má moeda

Depois de no tempo de Sócrates terem feito as alterações necessárias nos Códigos Penal e de Processo Penal para tornar mais difícil o trabalho da Justiça, o programa do PS tem lá escrito preto no branco que se for governo, irá seguir o mesmo caminho , não vá acontecer um segundo caso Sócrates.

" E um governo de António Costa, que foi ministro do executivo de Sócrates que promoveu as alterações aos códigos Penal e de Processo Penal,( no seguimento do caso Casa Pia ) não perderia tempo em tapar todas as hipóteses de o Ministério Público e a Judiciária andarem a investigar titulares de cargos políticos ou públicos, e muito menos um ex-primeiro-ministro. Tudo isto, claro, para valorizar a actividade política e defender os seus actores da utilização abusiva dos meios judiciais. Quatro anos depois de ter acabado o pesadelo dos dois governos Sócrates, que levaram o país à bancarrota, Portugal arrisca-se a voltar aos tempos em que a comunicação social e a justiça eram tratadas pelos socialistas como meros instrumentos de propaganda e manutenção no poder a qualquer custo. No fundo, Sócrates e Costa são as duas faces de uma má moeda."

É claro que o eurodeputado Rangel tem toda a razão em fazer a pergunta. Com um governo socialista teríamos um ex-primeiro ministro na prisão ?

Obviamente, voto Passos

Por Maria Fátima  Bonifácio  : No debate televisivo do dia 9, António Costa teve o supremo despudor de afirmar que fora Passos quem chamara a Troika. A mentira, descarnada, é imprópria de um candidato a primeiro-ministro; e autoriza que o achemos capaz de tudo. Frente a frente estavam dois homens de carácter muito diferente.

Costa pensa com a cabeça keynesiana do século XX, quando havia fronteiras, alfândegas e moeda nacional. Passos pensa na globalização do século XXI, que rege um mundo sem distâncias e que já não dorme. O Estado não se ausenta nem se demite, mas já não pode garantir tudo. É para este tempo de incerteza, insegurança e risco que Passos nos quer preparar. Obviamente, voto Passos.

Não foi uma vitória foi um alívio

Passos podia ter desferido o golpe de misericórdia. Não conseguiu. Essa é a sua derrota . Costa evitou o golpe de misericórdia. Essa é a sua vitória.

Se quisermos fazer um resumo das propostas de Costa para o futuro temos pela frente um exercício difícil . Afastou-se de Sócrates e das suas políticas mitómanas de obras faraónicas . TGV, aeroporto, terceira travessia do Tejo em Lisboa. E sabemos que quer retirar à Segurança Social 6 mil milhões de euros para relançar o consumo e a reabilitação urbana para criar postos de trabalho. A mesma filosofia socrática. O resto é uma nublosa.

Passos quer continuar com os resultados que estão a aparecer. Sem aventuras e sem riscos. Cresce a economia, as exportações e o emprego. Até 4 de Outubro ainda vão ser publicados os números do emprego, do crescimento da economia e das exportações ( esta bateu recordes em Julho). Se tudo isto for positivo Passos deve voltar ao registo suave.

Costa ontem humilhou Sócrates, deitou-o borda fora. Sócrates não perdoa. A narrativa continua .

Sondagens de Costa ao nível das de Seguro

Segundo os socialistas a prisão de Sócrates explica as sondagens de António Costa que não descola, estando ao mesmo nível das de Seguro. Duas sondagens do último fim-de-semana mostram que António Costa não consegue ganhar distância sobre a coligação PSD/CDS e até perde ligeiramente terreno. A Eurosondagem coloca o PS apenas 3,1% à frente de PSD e CDS somados. Na Aximage, a distância é ainda menor: 1,3%. 

Mas há quem no PS veja o caso com mais optimismo. A surpresa é o PS mesmo assim não ter caído mais. Mas na leitura dos números - pelo menos nos últimos – não é só o facto de o PS não subir tanto quanto os socialistas esperavam, há também o facto de o PSD subir, mesmo que ligeiramente, o que reduz assim a diferença e mostra um menor desgaste do atual Governo do que era esperado.

O comportamento da economia nos próximos meses é que irá ditar o resultado das eleições, especialmente o comportamento da taxa do desemprego.  De acordo com números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em dezembro e em termos homólogos, o número de inscritos como desempregados nos centros de emprego caiu 13,3%, o que representa menos 91.954 pessoas.

Em política perderam os dois

Seguro queixou-se. Costa defendeu-se. Sobre política nada. Perderam os dois. Como se resolve a dívida? E o déficite ? Como crescer na economia e industrializar o país ? Não disseram e todos sabíamos que não diriam. Se não querem olhar para Portugal, olhem para França, Itália, Espanha, Grécia...

"No que importa, no campo da política, perderam os dois. Nenhuma ideia, nenhuma proposta, sobre aquilo que verdadeiramente conta para a nossa vida. Nem uma palavra sobre o que fazer à dívida que nos sufoca, ou como garantir a sustentabilidade da Segurança Social que faz das pensões uma incógnita, ou como lidar com um Tratado Orçamental injusto e incumprível numa Europa germanizada, ou como devolver o País à rota do crescimento sustentável, ou como atalhar o flagelo do desemprego, ou... Nada, a não ser generalidades, alguma demagogia e muita vacuidade. " Passos Coelho pode dormir mais descansado.

A quadratura do círculo que Costa quer evitar

Seguro aponta a Costa o pecado que sempre imputou ao governo. É preciso resolver a dívida para a economia conseguir crescer. Ora é, precisamente , esta a questão que Costa quer evitar tal como toda a oposição andou a fazer até aqui. "“Temos de ter uma solução para ela, de modo a que a nossa economia possa crescer e, simultaneamente, que se aliviem os sacrifícios sobre os portugueses”. Isto é, pagar a dívida e os juros, conseguir um saldo das contas públicas positivo e fazer crescer a economia. É a quadratura do circulo que Costa, ao colocar a discussão no longo prazo, quer evitar. É impensável acusa Seguro. Pois é, irremediavelmente.

Foi assim que chegamos a "lixo"

Costa gasta 2,25 milhões de euros para acabar com greve de lixo. É assim e sempre foi assim. Na próxima a solução também será esta. Atirar dinheiro para cima do "lixo", desculpem, dos problemas. Há algum mérito nestas decisões que oferecem condições que mais tarde ou mais cedo serão insustentáveis? É que se não fossem insustentáveis não era necessário fazer greve no dia de Santo António.

 

Guterres - Rio ; Marcelo - Costa - duplas imbatíveis ?

Esta sondagem só mudará com o factor "programa cautelar". Se o governo conseguir sair com alguma desenvoltura desta situação, em 2015, as eleições legislativas podem ter outro actor. Passos Coelho. Mas mesmo com tudo a correr bem não sei se sobra tempo para o actual primeiro ministro. Os outros possíveis candidatos estão demasiado longe. Contrariamente, ao que se quer fazer passar, o povo não tem memória curta e Durão Barroso e Sócrates, para só falar nos mais próximos, não estão esquecidos.

Quem vai concorrer às eleições presidenciais ( 2016) é quem estiver melhor colocado para as ganhar e os partidos, mesmo a contragosto, não fugirão ao guião. O mesmo se diga em relação às legislativas que sendo anteriores àquelas marcarão o terreno dos candidatos. O partido que perder as legislativas tem muitas hipóteses de lançar um candidato ganhador para as presidenciais.

É, pois, natural que o próximo Primeiro Ministro seja António Costa e, por conseguinte, o próximo Presidente da República seja Marcelo Rebelo de Sousa. Mas se for Rui Rio primeiro ministro, então Guterres será Presidente da República. Não creio que, depois desta experiência tão dolorosa os eleitores, entreguem o poder todo a um só partido.

Em qualquer dos casos o país fica bem melhor servido que nos últimos anos com ex-jotas sem experiência e que arrastaram o país para o abismo!