Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Compras de aviões aumentam importações

Embora as exportações tenham crescido 8% as importações cresceram mais (9,6% ) em Junho. No total, ente Janeiro e Junho, o valor das exportações atingiu 43.379 milhões de euros, cerca do dobro das importações (23.923 milhões de euros). Mas é claro que não se compram aviões todos os meses ou mesmo todos os anos. São os doze aviões que a TAP espera e que estão a emperrar as operações da empresa. 

Depois de três meses a cair as exportações retomaram o crescimento o que acontece sempre ou quase sempre no 2º semestre. E as importações também crescem com o maior dinamismo da actividade económica interna. 

O PIB do nosso país pode crescer 660 milhões se a Alemanha quiser

A Alemanha já tomou uma decisão muito importante para toda a europa e que, no caso de Portugal, fará crescer o PIB em 660 milhões. Fixou o salário mínimo ( que não existia) em 8,2 euros/hora. A capacidade de consumo daqui resultante puxará pelas exportações dos outros países europeus e, a Alemanha, é um bom cliente dos produtos portugueses.

Há muito que o FMI anda a convencer a Alemanha para aumentar o seu consumo interno e que as suas contas externas não sejam tão assustadoramente positivas. Um maior equilibrio entre as contas dos diversos países do euro seria muito bem vindo.As tais contas externas que Portugal nunca conseguiu equilibrar até 2013 e que é o objectivo mais importante de todo o programa de ajuda externa. 

Duas boas e uma má

O PIB vai crescer este ano 1,2% e em 2015 2% prevê o Citigroup. Boa notícia. A má é que as contas externas dão sinais de fraqueza. E está é, além de má, muito preocupante. Há dados que confirmam que a quebra no primeiro trimestre será compensada por uma recuperação no segundo trimestre", lê-se na nota de "research" do banco norte-americano. "Tanto a produção industrial como a construção recuperaram em Abril, ao passo que as exportações ainda terão sido afectadas pelo encerramento temporário da refinaria de Sines da Galp." 

O Citigroup acrescenta ainda que, apesar da decisão do Tribunal Constitucional, que chumbou normas relativas a cortes na despesa do Estado inscritas no Orçamento do Estado para 2014, é possível alcançar a meta definida para o défice orçamental este ano: 4% do PIB.

A má é que Portugal exporta bem mas importa de mais. O INE, que analisa os dados das médias móveis de quatro meses, indica que o principal problema está no comércio externo: Portugal exporta, mas é tão dependente das importações que acaba por neutralizar boa parte dos ganhos de competitividade. Aqui é que está o pormaior.

 

Eles comem tudo e não deixam nada

Depois do excepcional ano de 2013 , Jan e Fev já dão algumas indicações. "concretamente, em 3 anos apenas, foi possível converter um enorme défice corrente (superior a 10% do PIB ainda em 2010) num superavit: isto surpreendeu muito boa gente, incluindo os credores internacionais que, valha a verdade, nunca regateiam elogios a esta radical mudança...4. Em 2013 foram apurados os seguintes saldos nas contas com o exterior:

- Balanças Corrente + Capital = 2,6% do PIB
- Balança de Bens + Serviços = 1,7% do PIB
- Balança Corrente = 0,5% do PIB

5. Tratou-se de resultados excepcionais, muito melhores que o esperado, que revelam o formidável esforço (ou sacrifício) que Famílias e Empresas foram capazes de realizar, em impressionante contraste com o estilo anafado e reivindicativo das Administrações Públicas, de um modo geral, que defendem "à outrance" os privilégios alcançados à custa dos demais sectores..empurrando para estes todos os sacrifícios e, para cúmulo, queixando-se como se fossem as grandes vítimas!

A Alemanha pode ajudar

Os excedentes da Alemanha são imensos e dão bastante folga para ajudar o resto da Europa, principalmente os países em dificuldades. Para isso bastaria aumentar a capacidade de consumo dos seus próprios cidadãos e , com isso, importar mais.  Os Estados Unidos já colocaram a questão e o FMI está de acordo. Bem como o Financial Times :"Apesar de a culpa da desinflação na zona euro não morrer sozinha com a Alemanha, a análise do Tesouro dos EUA está tanto correcta como veio na altura certa. A zona euro caminha lentamente para uma situação que alguns comparam de deflação ao estilo japonês, onde as empresas cortam os preços para conter a crónica e débil procura. A Alemanha devia ajudar os seus parceiros mais frágeis durante esta transição difícil, cortando taxas e deixando os salários crescer. Os trabalhadores alemães teriam mais dinheiro para gastar em importações, algumas das quais viriam de países com Espanha, Grécia e Itália. Ainda assim, Berlim tem ignorado por diversas vezes esta receita".

Esperemos que as negociações para formar governo entre a CDU e o SPD possam abrir caminho a esta solução e, a outras, fundamentais para a saída da crise.

Acentua-se a melhoria das contas externas

No 4ª R : (...) Segundo essa informação, acentua-se a melhoria já verificada em meses anteriores (e de que aqui demos devida nota), traduzida nos seguintes principais dados:

- Balança Corrente: + € 1.163 milhões (0,7% do PIB)
- Balanças de Bens + Serviços: +€ 2.336 milhões (1,4% do PIB)
- Balanças Corrente e de Capital: + € 3.727 milhões (2,3% do PIB)
Quer isto dizer que o desendividamento da economia em relação ao exterior prossegue, a ritmo crescente, graças exclusivamente ao esforço do sector privado uma vez que o Estado – Administrações Central, Regional e Autárquica mais os respectivos sectores empresariais – continua a aumentar as suas necessidades de financiamento (vide relatório do OE/2014, páginas 120 a 128), mostrando-se virtualmente insaciável...
O esforço do sector privado tem sido inaudito, reflectido em inúmeras reestruturações de empresas, em ousadas mudanças de estratégia comercial incluindo a conquista de novos mercados, em redução de postos de trabalho, em enormes sacrifícios para tantas e tantas famílias que, no sector privado, ficaram expostas a este exigentíssimo ajustamento...
....tudo isto contrasta com um sector público onde tantos teimam em resistir à mudança, em que interesses corporativos instalados rejeitam partilhar este esforço de ajustamento – ferindo gravemente os princípios constitucionais da equidade de tratamento e da proporcionalidade na carga de sacrifícios – paradoxalmente apoiados numa peculiar jurisprudência do TC...

Muito boas notícias nas contas externas


(...) Importante ainda é o comportamento do saldo conjunto das Balanças Corrente e de Capital, registando um superavit de € 2.402 milhões (€ 561 + € 1.841), ou seja 1,5% do PIB – é este saldo que nos indica se a economia se está endividando ou desendividando em relação ao exterior, sendo óbvio, em função do valor apontado, que o processo de desendividamento está mesmo em curso...


No 4ª República : (...)Como já aqui afirmei, por mais de uma vez, este é o aspecto mais importante do ajustamento da economia, aquele que serve melhor que qualquer outro para aferir da eficácia do PAEF: daí certamente o quase total silêncio a que estes dados foram votados pelos “media”...

5. Os números agora apontados traduzem-se numa autêntica revolução no desempenho da economia, bastando recordar que os défices da Balança Corrente nos 3 anos anteriores foram de € 18.269 milhões em 2010 (ano de ouro do período socrático), de € 11.983 milhões em 2011 e de € 2.557 milhões em 2012.
6. Esta mudança radical é devida, em primeiro lugar, a um extraordinário esforço das empresas privadas em geral – empresários e trabalhadores - que em condições excepcionalmente adversas e suportando imensos sacrifícios se mostraram capazes de fazer o necessário para corrigir os enormes desequilíbrios da economia, conquistando novos mercados e expandindo as suas vendas de bens e de serviços para o exterior...
7. ...Contrastando com um comportamento bastante pouco responsável de um sector publico administrativo e empresarial que, apesar de alguns progressos, mostra uma enorme resistência em compreender a necessidade do País travar o seu endividamento, aceitando reduzir a fatia dos recursos que absorve...
Há quem não queira compreender que o estado tem que contribuir para o objectivo nacional de ajustamento.

Pior que um crime, é um erro grosseiro

Quem sou eu para não acreditar quando o título pertence a um texto do Financial Times? Eu autista não sou. No que sempre acreditei é que o déficite das Contas Públicas não pode continuar a ser financiado por empréstimos. E que para resolver isto é preciso controlar a despesa. Cá em casa também faço assim. O que está nas minhas mãos e só depende de mim é cortar na despesa. Só depois é que vou procurar aumentar as receitas. Aposto que todos fazem assim.

"Quando o conhecido e influente analista do Financial Times, Martin Wolf, afirma que “a austeridade falhou” e que o que está a ser feito na Europa é “pior do que um crime, é um erro grosseiro”, algo de novo pode estar para acontecer.
Quando a prestigiada e insuspeita The Economist chama aos líderes europeus “sonâmbulos”, acusa-os de “letargia” e defende que a Europa deve abrandar o ritmo de consolidação orçamental e injectar dinheiro em programas que promovam o investimento e o emprego para os mais jovens nos países periféricos, algo de novo está a entrar no discurso continental.

Eu creio que estamos, realmente, numa nova fase.

Há duas décadas que Portugal não apresentava contas externas positivas.

Boas notícias: duas décadas são vinte anos, é muito tempo. As empresas estão de parabéns!

“A economia portuguesa apresentou uma capacidade de financiamento em 2012, tendo o saldo da balança corrente e de capital passado de um défice de 5,8% do PIB em 2011 para um excedente de 0,8%”. Esta evolução positiva deve ser prosseguida em 2013 e 2014, representando um “aspecto marcante do processo de correcção do desequilíbrio externo, depois dos défices muito elevados registados durante um período prolongado”.

A melhoria do saldo externo, acrescenta o BdP, terá um impacto favorável na posição de investimento internacional da economia portuguesa e representa mais um "aspecto marcante da actual projecção".

Uma verdadeira e grande revolução na economia Portuguesa

Um país de loucos ... no 4ª Republica :

1. Foram ontem divulgadas (Boletim Estatístico de Março, do BdeP) as primeiras informações quanto ao desempenho das contas externas em 2013 (Janeiro). Confirmam-se os superavits nas Balanças de Bens+Serviços (€ 133 milhões, tinha sido € 111 milhões em todo o ano 2012) bem como nas balanças Corrente+ Capital (€ 51 milhões, tinha sido de € 1.333 milhões em todo o ano 2012).
2. Especialmente relevante é o facto da balança Corrente se mostrar praticamente equilibrada (um défice de € 14 milhões) - quando em 2012 tinha apresentado um défice de € 2.577 milhões só em Janeiro de € 1.090 milhões.
3. Sendo o mês de Janeiro um mês tradicionalmente mau para as contas externas, os dados referentes a Janeiro de 2013 permitem antecipar superavits significativos para o conjunto do ano, confirmando as expectativas muito positivas antecipadas pelo BdeP no seu Boletim Económico de Inverno...
4. ... que há pouco tempo aqui tive oportunidade de citar: superavits de cerca de 3% do PIB tanto nas balanças de Bens + Serviços como nas balanças Corrente+Capital, sendo positivo mesmo o saldo da balança Corrente...traduzindo uma verdadeira (e a grande) revolução no desempenho da economia portuguesa.
Leia mais no 4ª república ( siga o link da primeira linha )