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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Banca assalta caixa das esmolas

É preciso ir buscar o dinheiro onde ele está. E está na Santa Casa . São as esmolas a alimentar a banca o cúmulo da vergonha. Agora sim batemos no fundo.

Se nenhuma instituição considera bom negócio meter dinheiro no Montepio porque há- de ser bom para a Santa Casa ?

A Caixa do Montepio não está com problemas por ter ajudado a economia social. O sarilho aí é exactamente igual ao dos outros bancos, com alguns erros ainda piores, como a desastrosa aquisição do Finibanco em 2010. Tudo isto significa que há muitos anos que essa instituição vem desvirtuando a sua missão solidária. Por que razão, quando esses negócios deram errado, se quer estender agora o veneno às Misericórdias, que se têm mantido fiéis à missão delas? Faltar ao dever para com os pobres para salvar bancos entalados não é solidariedade. Os santos amam o próximo, mas não são parvos.

A transparência é só para a banca privada ?

O que se passa na Caixa Geral de Depósitos mostra bem que essa história da transparência tão cara à esquerda só se aplica à banca privada.

Sabe-se ou não quem são os beneficiários dos empréstimos milionários que estão em situação irregular ? E quem os autorizou ? Claro que sim , a CAIXA não chegou ainda a um nível organizativo tão baixo, mas a sua administração nega-se a publicar a lista apesar da decisão de um tribunal.

Por enquanto a diferença mais notória é que na banca privada com problemas, os seus responsáveis já estiveram presos e andam a contas com a Justiça, na CAIXA não se passa nada.

O PCP e o BE estão mudos e quedos sobre o assunto e ainda por cima tentam fazer-nos a cabeça de que no Novo Banco tudo seria diferente se fosse nacionalizado . Ainda estão na fase de se julgarem virgens virtuosas . É a tal superioridade moral .

"Quando voltarem a ouvir alguém das esquerdas a defender a transparência do sistema financeiro riam-se. E com gargalhadas bem sonoras. As esquerdas só querem a transparência dos bancos privados. Quanto aos bancos públicos, como se vê com a Caixa Geral de Depósitos, nem pensar. Os portugueses não têm o direito a saber os abusos que os governos socialistas de Sócrates fizeram na Caixa, e que todos nós vamos pagar. O PCP e o BE estão a contribuir para um enorme acto de branqueamento sobre a instrumentalização do banco do Estado para fins privados, que vai custar muitos milhões a todos os portugueses. Se no fim disto tudo, ainda vos restar alguma vergonha, não voltem a dar lições de moral sobre a banca."

Dinheiro chinês aponta ao BCP e ao Novo Banco

Com a banca em estado de sítio e o país sem dinheiro o capital chinês prepara-se para ser o  maior accionista no capital do Banco Comercial Português e comprar  o Novo Banco.

O BCP passa por um momento particularmente difícil com as suas acções a desvalorizarem constantemente em bolsa. O Novo Banco anuncia prejuízos elevados - não esquecer que este é o suposto banco bom, nem em bom falar no banco mau.

Diz-se que o capital não tem nacionalidade o que é o mesmo que dizer que o que é preciso é haver dinheiro. Não sei se é assim em todas as situações o que sei é que a situação da banca é tão difícil que me parece não haver sequer oportunidade para discutir a questão.

Depois da REN e da EDP, da saúde ex-Espírito Santo e de importante parte do sector segurador, é a banca em dificuldades a passar para mãos chinesas. E não esquecer que também há dinheiro chinês na TAP. Como se vê tudo em grande e em importantes sectores económicos.

E não, não é por causa dos nossos bonitos olhos, é mesmo por o país estar à venda e por ao contrário dos outros países em programa Portugal ter perdido a oportunidade de recuperar a banca.

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Não há dinheiro

Gastaram-no à tripa forra e mal na maioria dos casos. Agora andamos aos caídos com medo que a banca vá parar às mãos dos espanhóis. E dos Angolanos.

Isto é tão certo que temos o PCP e o BE a defender a nacionalização do Novo Banco que é só a melhor solução para os banqueiros. Se o Novo Banco for vendido abaixo do montante que os outros bancos lá meteram serão estes últimos a sofrer o prejuízo. Se for nacionalizado serão os contribuintes a pagar.

Só se chega a este extremo porque na verdade não há dinheiro e não sabemos onde o ir buscar. É que onde há dinheiro (US, Alemanha, UK) não há interessados. O tal capital estrangeiro que é preciso como de pão para a boca.

Acresce que a CGD também precisa de aumentar o capital e aí o único accionista é o estado que não tem dinheiro. Vendemos ao capital privado uma parte da CGD  e com o dinheiro assim conseguido compramos a maioria do capital do Novo Banco ? E quem compra a parte da CGD não serão os espanhóis? É que se são lá estaremos onde começamos. No inicio. E sem dinheiro.

É só uma coincidência

É, não é Mais duas dúvidas que me ocorreram nesta semana. - Quando a Barraqueiro, que aceitou renegociar a presença na TAP, ganha uma adjudicação direta para manter por mais dois anos a concessão da Metro do Porto, isso é uma coincidência, certo?
- Quando o governo PS e o BE só nomeiam subscritores do manifesto dos 74 para o grupo que vai estudar a reestruturação da dívida, isso quer dizer que...o estudo está feito e pronto a entregar ao Sr. Draghi no Conselho de Estado convocado pelo Presidente Marcelo?

As consequências nefastas da fragilidade do actual governo

Bruxelas manda mais com um governo frágil que depende de apoios que não são europeístas e que têm uma agenda diferente do principal partido o PS. Cede perante o PCP e o BE mas tem que se haver com Bruxelas. Cede com Bruxelas tem que se haver com PCP e BE.

Isto tem consequências nefastas e graves. Na banca o governo dá a bênção a soluções encomendadas como foi o caso do BANIF e agora do BPI e do BCP. E no Novo Banco há, contra todo o bom senso, pressa em vender. Também decisão de Bruxelas.

A CGD está atada de pés e mãos, com prejuízos e com necessidade de se recapitalizar. Como é do estado põe e dispõe Bruxelas . Também a solução encomendada virá pelo correio ou por telefone. Mas o estado não tem dinheiro. A CGD vai ser vendida aos bocados? Ou melhor, partes da CGD vão ser vendidas ?

Entretanto o crescimento da economia que só é possível com uma banca a executar bem o seu  papel, vai definhando. Cresce o desemprego há 7 meses seguidos e as contas externas deterioram-se. E agora vem aí a execução do orçamento, em Setembro a preparação do orçamento para 2017 e as eleições autárquicas logo a seguir. A solução conjunta vai ficar mais frágil e o passa culpa vai ganhar terreno.

Há problemas nacionais que só podem ser resolvidos com amplos consensos que PCP e BE não apoiam. E não vai ser Bruxelas a ceder.

O controlo da banca nacional é uma "espanholada"

Nenhum país aceitaria que 80% da banca estivesse sob controlo de um único país estrangeiro mas é o que acontece cá entre nós.

O Banif foi vendido ao Banco Santander por 150 milhões de euros, um valor incomparavelmente inferior ao que poderia ter sucedido em condições normais. Mas a principal consequência foi que se deu mais um passo na concretização da estratégia do BCE em entregar 80% da banca portuguesa aos três referidos bancos espanhóis. ( Banco Santander, BBVA, Caixa da Catalunha )

O BCE, com uma aparente passividade das autoridades portuguesas, defende actualmente que a actividade bancária em Portugal deve apenas ser repartida por quatro bancos: Banco Santander, BBVA, Caixa da Catalunha e Caixa Geral de Depósitos. Significaria isso que aproximadamente 80% do financiamento empresarial em Portugal ficaria não só em mãos estrangeiras, como ficaria dependente de apenas um único país estrangeiro. Não existe situação semelhante em nenhum outro país europeu. O mesmo é dizer que o financiamento e a propriedade das empresas portuguesas, ficariam em boa medida dependentes da vontade e da estratégia de um país estrangeiro .

E o Novo Banco pode também vir a cair nas mãos do Santander. Perante este cenário não seria de estudar o cenário da nacionalização do banco mesmo que mais tarde fosse vendido a um privado ?

Banca e empresas públicas custam-nos 43 mil milhões

Portugal é um dos países que mais escondeu défices nos bancos e nas empresas públicas que foram parar à dívida que todos estamos a pagar.

Segundo o estudo "Fiscal costs of contingent liabilities" de economistas do Fundo Monetário Internacional, os contribuintes pagaram 24,5% do PIB - cerca de 43 mil milhões de euros - a bancos (11% do PIB) ou empresas públicas (12,1%). Valor foi parar à dívida portuguesa, hoje a mais cara do euro.

A culpa é das instituições financeiras do Estado que não controlam e auditam mal

 

Banca ameaça "governo de esquerda"

banca é um problema muito pesado para o governo que terá que encontrar soluções no quadro da UE. PCP e BE não estão disponíveis. O PSD vai ter que apoiar o governo mais uma vez. 

Como lidar com a banca segundo as perspectivas da esquerda? Este é o maior desafio de António Costa e não está a ser bem sucedido. O acordo que o tornou primeiro-ministro já falhou com a resolução do Banif e a venda do Novo Banco tem a oposição do BE e do PCP. No caso do Banif, o PSD acorreu com os seus votos para aprovar a resolução. E terá que continuar a fazê-lo sempre que se trate de viabilizar soluções para a banca segundo os mandamentos de Bruxelas. Os parceiros do PS não estão disponíveis para isso.

‘Uma situação política complicada que se vai repetir . Quando e quem derruba o governo ? E António Costa está interessado em governar assim ?

Que acordo é que aguenta mais um resgate na banca ?

De que forma é que o próximo governo lidará com adversidades inesperadas, nomeadamente nos bancos ? E a solução está no acordo ?

Não haverá aumentos de impostos, nem cortes de salários e pensões. Já sabemos, está no acordo. Mas Portugal não será capaz de financiar as brutais necessidades de capital, com recursos próprios, que persistem no sistema bancário.

Há dois caminhos : um novo programa europeu para resgatar a banca portuguesa ou um bail-in, em que depositantes podem ser chamados a resgatar o sistema financeiro .

Esta tempestade perfeita não foi discutida nem consta no(s) acordo (s) mas não é por isso que desaparece do horizonte. E não há acordo nem governo que resista a uma tempestade destas.

Para já o acordo de governo vende medidas simpáticas mas, não tardará, as medidas antipáticas atingirão sem piedade a classe média que paga sempre tudo. Para quem julga que governar em 2016/7 é bom, talvez não se tenha apercebido que mais um resgate está mais perto do que longe.

PS : a partir de um texto do Expresso - Pedro Adão e Silva )