O melhor CEO da Europa e arredores, não sabe nada, não se lembra e não foi ele. Mas então era o melhor porquê ? E porque ganhava ele um salário superior a vários milhões de euros/ano, não contando com outro tanto em prémios? Como se percebe a PT não podia ter outro destino. Passar das mãos de trapaceiros para as mãos de quem lá investe o seu dinheiro.
Sabemos hoje que a PT aplicou no BES/GES 15 mil milhões de euros. A Altice comprou a empresa por 7,5 mil milhões. Desmamada até ao tutano.
Está esclarecido. Quem o conhece ( o único deputado que prescindiu da pensão ) diz que a sua idoneidade está acima do que poderemos pensar dele como político e como governante. É, claro, que logo se percebeu que se tratava de contra-informação face às recentes decisões dos tribunais . A PGR, antes que a notícia viesse a público, devia estar informada. Bastaria um pedido de esclarecimento à AR. Mas a verdade é que é muito fácil uma carta anónima dar origem a notícias destas. Quem envia a carta anónima para a PJ também a envia para os jornais. Estes não perdem tempo e dizem logo que a PJ está a investigar. É isto a que se reduz o chamado jornalismo de investigação.
O gabinete do secretário-geral da AR informou hoje à Lusa, numa nota em resposta a perguntas efectuadas pela agência, de que “não existe qualquer declaração de exclusividade entre Novembro de 1995 e 1999″ em nome de Pedro Passos Coelho.
“E, neste mesmo período, também não lhe foi pago o montante de 10% do regime de exclusividade. Existe uma declaração de exclusividade de 1992″. Vejam como eles são originais a copiar uns pelos outros.
À saída da Assembleia da República que mais uma vez assaltou, o alucinado não se conteve: "Vamos continuar a combatê-los até eles irem para a rua, que isto é uma cambada de malandros e não estão para aqui a fazer nada."Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, hoje, à saída da Assembleia da República (RTP).
O que este alucinado seria capaz de fazer se alguma vez alguém o levasse a sério. Não satisfeito por ter co-governado a Educação nos últimos anos, transformando o ministério no covil corporativo dos professores afectos ao PCP, o Nogueira agora ataca os que foram eleitos e chama-lhes malandros. Com a subtileza de um carroceiro.
A sociedade civil hoje, olha para a classe dos professores como uns "pedinchas" sempre em manifestação, não a favor da escola e dos alunos mas a favor de si mesmos. Nenhuma avaliação, nenhuma responsabilidade, sempre a quererem mais.Os professores devem agradecer a este carroceiro a reputação de que gozam. Grau zero!
Mostramos que a subimos quando queremos e que só nós é que podemos impedir que outros a subam. Todos os outros são menos que nós, se for preciso levam porrada de criar bicho como levaram ainda há bem pouco tempo. Convém, pois, rever o Orçamento, e aumentar o nosso, os que podemos impedir que alguém escale a escadaria.
O dinheiro arranjem-no, por exemplo, cortando mais no Orçamento dos desempregados e idosos que esses, mesmo que queiram não conseguem escalar nada. O que é que não percebem?
Andam todas as outras corporações a reivindicar mais dinheiro mas nós é que temos razão. As outras corporações não escalam a escadaria e ganham mais do que nós. Isto é claríssimo, democrático e o exercício de direitos consagrados na Constituição que nunca deixaremos que possa ser mal interpretada.
Sim, aplaudimos no fim, porque até Soares, o agitador, que noutras circunstâncias e não fosse quem é dava com os costados em tribunal, aplaudiu na reunião magna. Ora se foram eles que levaram o país à bancarrota e, mesmo assim, podem reivindicar e aplaudir , não podemos nós fazer o mesmo?
Onde quer que estejam lá estaremos também. Alguns de nós vão de férias mas outros ficarão. Nas galerias da Assembleia da República os protestos são diários. Não sei se é constitucional impedir ou perturbar o trabalho de um órgão de soberania mas sei que são os mesmos, uma minoria que o fazem. Querem ganhar pelo barulho o que perderam nos votos. Uma minoria, uma elite esclarecida que guia os trabalhadores. Sim,porque eles falam em nome dos trabalhadores.
Nas crises vem ao de cima o melhor e o pior. Lavam-se as feridas de muitos anos mas ao mesmo tempo voltam as ameaças de quem não aceita a democracia. Para os da minha geração isto não é novo já passamos por isto em 1975. Hoje temos a pluralidade partidária porque lutamos por ela. Temos sindicatos livres porque enchemos a Alameda. Temos Constituição porque os deputados cercados não se atemorizaram.
As sociedades onde estas elites governam mantêm presos políticos, um só partido e muita, muita fome. A maioria que passou pelo pesadelo está a bater à porta da UE para aderirem. Voluntariamente, querem entrar no inferno!
Só quem pensa como eles é que faz de conta que são democratas e que se revêem na democracia. Arménio Carlos não reconhece a Assembleia da República como representante legítimo do povo Português. E que está consagrada na Constituição. A mesma Constituição que diz defender quando se trata de assuntos que lhe interessam. ""Independentemente das remodelações ou das eventuais moções de confiança, o Governo não tem a credibilidade e o apoio da maioria dos portugueses. Fazemos um desafio: se está assim tão empenhado em apresentar a moção de confiança, em vez de o fazer na Assembleia da República, que o faça perante o país, com a marcação de eleições antecipadas, para ver se os portugueses lhes dão uma moção de confiança ou de censura", disse em declarações à Lusa.
A Aivola e o Nogueira foram apanhados à saída da Assembleia da República depois de uma manifestação espontânea. Desta vez tratou-se de impedir o regular funcionamento de um órgão de soberania. Diz a Dona Aivola que a Assembleia é do povo, isto é, dela. E o senhor Nogueira apressou-se a dizer que saiem mais depressa os deputados do que os funcionários públicos de que ele é exemplo.
Com o descaramento de quem usa a generosidade da democracia para tentar dar cabo dela, tanto a D. Aivola como o senhor Nogueira falam em nome do povo. O tal povo , presume-se, que nunca os elegeu a eles mas que elegeu os deputados. Mas que interesse tem esse permenor se o povo é deles, se falam em sua representação?
Estes são os representantes dos mesmos que, em 1975, cercaram o Parlamento na tentativa de impedir a votação da Constituição e futuras eleições livres. Já nesse tempo o povo era deles.
Um país em cacos. Na bancarrota. Após seis anos de delírio governativo. Não é uma opinião, é a realidade. E todos os portugueses sabem que foi assim. Não por acaso, a Assembleia da República apeou o anterior governo e o povo em eleições democráticas elegeu outro, o actual. Tudo o resto são desculpas mais ou menos esfarrapadas.
Hoje no debate quinzenal na AR isto foi lembrado pelo primeiro ministro à bancada do PS. "Portugal está como está" devido à "irresponsabilidade" dos governos de Sócrates e garantindo que em Maio de 2014 estará a fechar o programa de assistência que o PS "pediu". Deixou mais uma vez com calor que não governa a "olhar para sondagens", nem esperando o "aplauso dos sindicatos e confederações", mas para permitir que os sacrifícios dos portugueses sejam "coroados de êxito". E esclareceu que não funciona "como catavento" e que o país só está como está, porque o PS não fez o que devia "no passado".
Uma das razões, e talvez a mais importante para que o país não funcione é esta: Muitos portugueses julgam que “vivem em democracia”, porque “têm o voto”. Mas poucos olham para o que esse voto decide: PRATICAMENTE NADA. A verdade é que os portugueses não têm os mesmos direitos políticos que os restantes europeus. Só são “cidadãos” para pagar impostos, portagens, taxas e “rendas”. Mas quando se olha para a representação política que devia ser o outro lado da moeda, constata-se que não têm nenhuma. Os portugueses não têm sequer o direito básico de cidadania que é poder escolher o candidato em que gostariam de votar para os representar no parlamento.
O nosso sistema eleitoral é por vezes referido como “sistema representativo”. É um logro: para ser representativo, seria essencial que houvesse uma relação directa entre as preferências dos eleitores e a ida de determinado candidato para o parlamento. Um “representante” só o é, se for ESCOLHIDO pelos representados, PREFERIDO entre várias opções. Se nós não podemos escolher o membro da lista que queremos para deputado, esse alguém NÃO nos representa. Seguramente que os deputados portugueses representam alguém… mas não é quem vota.
O verdadeiro nome do nosso sistema eleitoral é “sistema proporcional de listas fechadas”, querendo “fechadas” (ou bloqueadas) dizer que a ordem das listas é IMPOSTA pelo partidos em vez de ser determinada pelos eleitores. Na Europa além de Portugal, a Albânia, a Bulgária e a Sérvia são os únicos países europeus de dimensão próxima da de Portugal o usam (Fonte: Wikipedia “closed list” ou “lista fechada” – http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_fechada). É com esses Países que nos queremos comparar em termos de democracia? Entre os países maiores, contam-se a Espanha, Itália, Ucrânia e Rússia. A Itália e a Espanha são os únicos regimes de democracia “não duvidosa” – e mesmo esses têm problemas de “fosso” entre cidadãos e políticos – por precisamente as mesmas razões que Portugal.
Os portugueses estão reduzidos a “votar” em listas cuja ordem já foi decidida – pelos próprios políticos! Na prática, os políticos elegem-se a si próprios: as verdadeiras “eleições”, já tiveram lugar semanas antes, quando os partidos fizeram as suas listas de “candidatos”. São essas listas que decidem quase tudo e é por isso que os partidos querem sempre muito tempo para as preparar, mesmo em estado de emergência nacional. Os primeiros lugares das listas – ditos “lugares elegíveis” – garantem um lugar no parlamento duma maneira que nada tem a ver com as preferências do eleitorado, mesmo quando o partido tem uma grande derrota nas eleições. O parlamento é a casa da partidocracia.
É sabido que faz parte da essência da democracia que o resultado duma eleição não possa estar decidido antes da sua realização. Mas em Portugal, há DEZENAS de candidatos que sabem que vão ser deputados, semanas antes de ser deitado o primeiro “voto”. São VENCEDORES ANTECIPADOS! Isto pode ser comprovado pesquisando na Net a expressão “lugares elegíveis”. Analisem os títulos de jornais que surgem nas primeiras páginas da pesquisa e constatarão que esses lugares são assumidos como RESERVADOS.
Na prática, este sistema sustenta em cada um dos maiores partidos uma oligarquia que não pode ser totalmente desalojada do parlamento pela via dos votos. Isto significa que a maioria dos políticos portugueses NUNCA foi verdadeiramente sujeita ao escrutínio democrático. Quando a ordem dos candidatos nas listas dos partidos não depende das escolhas dos eleitores, tem de depender de alguma outra coisa – e qualquer que seja essa outra coisa, já não é democracia.
O que falta aos portugueses é o VOTO NOMINAL, ou seja, voto em nomes. Na Europa, existe quase sempre alguma forma de voto nominal. A generalidade dos países europeus de dimensão próxima da de Portugal usa o “sistema proporcional de listas abertas”, querendo “abertas” dizer que a ordem de atribuição dos lugares de deputado é para quem recebeu mais votos. (Fonte: Wikipedia “open list” – http://en.wikipedia.org/wiki/Open_list). São DEZENAS de países, incluindo a Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Noruega, Suécia, Suíça, etc (também na Itália, mas não em todas as eleições).
Também o Brasil usa listas abertas: presentemente, o Brasil é um país mais democrático do que Portugal!
Até o Iraque já usa listas abertas! (www.fairvote.org/iraq-s-2010-parliamentary-election2#.UOCCt6xWKIQ)
Com listas abertas, há escrutínio: um candidato só vai para o parlamento se merecer votos para isso. Em democracia, quando um político desilude ou é apanhado a mentir, o caminho é simples: nas eleições seguintes os cidadãos não votam nele, ele não é eleito e sai de cena. Em décadas de “democracia”, os portugueses nunca puderam exercer um escrutínio deste tipo. As listas fechadas não o permitem. Os portugueses nem sequer podem travar a “eleição” dos candidatos nos primeiros lugares das listas eleitorais de alguns partidos nos círculos eleitorais grandes (e.g., Lisboa com 47 lugares e Porto com 39 lugares).
Mas o regime português ainda é mais restritivo e fechado pelo facto de ser imposto pela constituição, que nem sequer permite que cidadãos fora dos partidos se possam candidatar ao parlamento – outra direito básico de cidadania habitual no resto da Europa. Com estas restrições, não é possível negar o voto – quer a políticos individuais quer a partidos. Primeiro, porque o voto não é nominal. Segundo, porque apenas votos EM PARTIDOS contam: nada mais entra nas contagens, nem sequer os votos brancos. O parlamento enche-se sempre com 230 deputados, não importa quantos votem. Usando um determinado conjunto de listas eleitorais, duas eleições – uma com 99% do eleitorado e outra com 1% – podem resultar em EXACTAMENTE o mesmo elenco parlamentar.
Este sistema eleitoral propicia a corrupção, porque os lóbis têm mais influência no parlamento do que todo o eleitorado junto. Convém compreender que, quanto mais fraca é a influência do eleitorado sobre os deputados e governantes, mais forte é a influência de outras “forças”. Nunca há vazios de poder. Como o escrutínio dos portugueses foi neutralizado, não podem servir de contrapeso à influência dos lóbis. Na prática, são os grupos de interesse que são representados no parlamento, não os eleitores.
Este sistema também bloqueia a renovação interna dos partidos. É costume ouvir-se dizer que “o sistema não é reformável por dentro”. Claro que não é! Este tipo de sistemas NUNCA é reformável por dentro. A renovação dos partidos é SEMPRE dirigida por pressões externas. Nos regimes democráticos, essas pressões são os votos em eleições, que transmitem aos partidos os sinais sobre que políticos merecem progredir (porque têm votos) e que políticos devem sair de cena (porque ninguém vota neles). Mas para isso funcionar, os votos têm de ser NOMINAIS. A ausência de voto nominal abafa os sinais que os cidadãos têm para dar, impedindo-os de desempenhar o seu papel na renovação interna dos partidos.
Não é possível desbloquear a partidocracia sem introduzir o voto nominal na eleição dos deputados. Mas como os (actuais) deputados são os donos do sistema, convém não lhes dar bons pretextos para chumbar uma reforma eleitoral. A melhor estratégia é esquecer sistemas muito diferentes do nosso (como os círculos uninominais), pois seria acusada de ser uma “aventura”. Também não se deve propor reformas que prejudicam uns partidos em relação a outros, para minorar as resistências. Ou seja, deve-se manter o factor de proporcionalidade tal como está.
Assim, a melhor estratégia é exigir que as listas passem a ser abertas à ordenação pelos votos. Há muita experiência, em muitos países, no uso desse sistema. Todo o resto do actual sistema português pode manter-se como actualmente, incluindo a proporcionalidade (entre número de votos e deputados) e o método de D’Hondt.
Também é importante terminar o monopólio dos partidos na apresentação de listas de candidatos.