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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Uma injustiça que os professores não merecem

Todos querem em Setembro a escola com alunos menos o alucinado sindicalista da Frenprof.

Temos de nos habituar a viver com ele”, é o que nos dizem a toda a hora, com excepção do dirigente da Fenprof.

Estou certa de que a esmagadora maioria dos professores tem um espírito de missão que os torna pilares essenciais de qualquer sociedade que se quer mais justa, e por esse motivo é inaceitável que a sua imagem seja desfigurada por um sindicato que se diz seu representante, conduzindo a opinião pública a percepcionar que as exigências para regressar às aulas são inexequíveis e mais parecem um pretexto para que tal regresso não se verifique.

É uma injustiça que os professores não merecem.

Más escolas públicas cheias de alunos pobres

Melhorar as más escolas públicas devia ser o mais importante objectivo do Ministério da Educação se não mesmo o único, deixando as boas escolas entregues a si próprias em autonomia plena. Esse seria o salto qualitativo fundamental.

Enquanto tivermos escolas privadas cheias de alunos ricos ou muito remediados, boas escolas públicas cheias de alunos remediados e más escolas públicas cheias de alunos pobres o ensino é, globalmente, de baixa qualidade e profundamente desigual contribuindo para a manutenção do status quo social. A pais pobres correspondem filhos pobres e a escola perde o seu principal objectivo numa sociedade pobre e desigual como a nossa. Ser um real elevador social.

É por ser difícil e por obrigar a mudanças profundas nas políticas educativas que tal nunca foi tentado . Melhoria nas condições a professores e alunos. Concentração de meios nessas escolas. Acompanhamento por equipas multidisciplinares.

Aqui no meu bairro - e já aqui vivo há 42 anos - nada mudou no que aos alunos pobres diz respeito. É tempo de o ministério deixar de ser uma batalha campal entre sindicatos e governantes.

Na Finlândia os direitos são dos alunos não dos professores

A Finlândia mergulhada no gelo eterno é pobre a única riqueza que tem são mesmo as pessoas

Com a educação, o princípio foi o mesmo. Num país que era basicamente uma floresta gelada povoada de renas dificilmente seria a terra a fazer da Finlândia um pais rico. Por isso, estabeleceram rapidamente o princípio de que ninguém fica para trás. Curiosamente, naquele país os direitos são dos estudantes, não dos professores. O direito à educação não é o direito a ter um professor, mas o direito a ser ensinado. Isto significa que se há facilidade de aprender, então o tempo com o professor pode ser menor. Mas se tem dificuldade em aprender então o tempo com o professor tem que ser prolongado, e se houver necessidade de apoio adicional então o estado providencia esse apoio adicional. Deu o exemplo de algumas ilhas isoladas, onde é muito difícil as (poucas) crianças irem à escola devido às condições atmosféricas e dureza da viagem, onde são dedicados professores para apoiar a única criança da ilha em idade escolar e que, por vezes, devido ao facto de os pais não terem condições para alojar o professor, este acaba por fazer a viagem uma vez por semana para acompanhar a criança até que tenha idade para ir para uma escola longe de casa. E, nessa altura, o estado paga a deslocação e alojamento da criança

Há cada vez mais professores para cada vez menos alunos

A baixa natalidade portuguesa é um dos maiores problemas com que o futuro do país se confronta.

Até agora a atenção do debate centrou-se no custo do programa, o que é compreensível, dada a nossa fragilidade orçamental. Mas é preciso lembrar que, se a questão demográfica não se resolver, o desequilíbrio das contas públicas ficará bem pior, não havendo sequer gente para produzir e pagar impostos. Até os grupos de interesse que dominam a actualidade com as suas lutas mesquinhas e furiosas pelas verbas do Estado têm de perceber isto. Os professores, por exemplo, que mais uma vez dão provas de uma infame falta de profissionalismo paralisando o sector em época de exames, devem entender que os aumentos por que agora lutam de pouco servirão quando grande parte deles perderem o emprego por falta de alunos.

"É importante garantir o acesso dos mais pobres às melhores escolas"

É importante que os alunos pobres tenham acesso a boas escolas, sem isso não vão ser capazes de ascender socialmente. Mas cá em Portugal as más escolas estão cheias de alunos pobres. As boas escolas públicas estão cheias de alunos remediados e as boas escolas privadas estão cheias de alunos ricos.

Por cá a discussão é entre a escola pública e a escola privada, não entre a boa e a má escola.

Travou-se até ao limite a publicação dos rankings das escolas mas a verdade é que quem sabe diz que : "É importante garantir o acesso dos mais pobres às melhores escolas". É uma das mais importantes medidas para travar a desigualdade mas, palpita-me, que sem rankings e as respectivas consequências os pobres não terão oportunidade de ascender socialmente.

Eu vivo nesta casa há quarenta anos e há muito que percebi que os filhos dos licenciados não frequentam as escolas cá do bairro. A geração anterior, já no mercado de trabalho também é licenciada. Os filhos dos não licenciados esses sim, frequentam as escolas cá do bairro e com poucas excepções, tal como os pais, não são licenciados.

O resto é a guerra para o controlo ideológico do ministério.


Os efeitos do menor défice na saúde e na educação

Foi à custa de cativações de verbas que não chegaram aos serviços do estado que se passou para além da europa . E à custa do corte no investimento.

As escolas a meter chuva e frio com os alunos e pais à porta a exigirem mais pessoal é um efeito de curto prazo .O Nogueira da Frenprof não pia .

Morrer um bébé na Guarda com a mãe a esperar uma hora e meia para ser atendida por um médico também é um efeito de curto prazo das cativações para o défice. Seis horas na urgência passou a ser historicamente razoável . Mas a austeridade parou, virou-se a página segundo a narrativa pós-verdade .

Com o corte do investimento a economia é poucochinha, a dívida não para de crescer e os juros são insuportáveis e com tendência a aumentar . São os efeitos a longo prazo .

Enquanto o povo sofre com a nova austeridade vai-se falando na CAIXA para se desviarem as atenções . Os que têm emprego e pensões exigem ( pertencem ao estado) os desempregados (pertencem ao privado) vão sofrendo com a nova austeridade.

A "festa" na Educação não chegou aos prédios/escolas degradados (mas fecharam-se boas escolas privadas) . E a pressa na devolução de rendimentos dos funcionários públicos atinge os doentes, as crianças e os idosos .

Morreu um bébé no Hospital da Guarda por falta de assistência mas, agora , a culpa não é das cativações de verbas nem da austeridade . Porque essas ou acabaram ou nunca existiram .

 

 

Factos sobre o aumento de alunos no superior

Facto 1 - em 2016 temos 890 novos caloiros (+ 2,1%).                                                   

Facto 2 - em 2015 tivemos 4290 (+11,4%).

Facto 3 - dizem os professores que a entrada de mais ou menos alunos tem a ver com a maior ou menor dificuldade da prova dos exames.

Facto 4 - quando há mais aprovados em matemática e em química-física há mais alunos a entrar no superior

Facto 5 - o número de alunos que entrou no superior mas também de candidatos aumentou pelo terceiro ano consecutivo

Facto 6 - o alargamento do ensino obrigatório até aos 18 anos também tem contribuído para que mais alunos tenham acesso

Facto 7 - não há nenhuma evidência que o factor crise tenha tido algum impacto no acesso de alunos e candidatos.

Factor 8 - a esperteza saloia é capaz de tudo

 

É a economia, António

Não vale a pena fazer de conta. Sem economia a crescer não há aumentos de salários e pensões sem aumento de impostos. E quem recebe de um lado paga pelo outro, saldo nulo.

Quando um primeiro ministro faz o  número circense de que tudo vai bem quando há mais alunos a concorrer ao ensino superior percebe-se o desespero. O naufrago agarra-se à primeira tábua mesmo que afunde à primeira onda.

As exportações caíram como há muito não acontecia. As importações levaram um tombo de todo o tamanho consequência do arrefecimento da actividade económica. O PIB cresce menos de metade do prometido.

O aumento dos impostos indirectos, segundo aumento, diga-se, já é publicamente anunciado e o IRS vai ser mexido. Para baixo é que não é. E a redução do IVA ainda não teve tempo de lançar achas para a fogueira bem como o custo acrescido das 35 horas.

Todos nos avisam mas o PM já perdeu a noção da diferença entre um optimista e um animador de pista. Mas basta olhar para a sua mais recente declaração. Não lembra ao careca, ó António.

 

Mesmo para António Costa há limites

António Costa no meio da tempestade em que não há um único indicador que lhe seja favorável canta e dança . Ou é tolinho ou é um perigoso populista capaz de dizer tudo para enganar o povo que diz servir.

O INE publica que as exportações caíram como há muito não se via ? A queda das importações mostra que a actividade económica está de rastos ? O  investimento não arranca ? Nada que perturbe o primeiro ministro. O número de alunos que entraram no ensino superior voltou ao nível de 2010. Razão ? As famílias estão cheias de guita e já podem financiar os seus jovens.

Afinal não tínhamos um problema na Educação, não havia problema nenhum de demografia, o que havia era um problema económico das famílias que o presente governo já resolveu com a devolução dos rendimentos. Como dizia outro socialista é só fazer as contas.

E para Costa a colheita de 2016 nada tem a ver com a sementeira de 2014 e 2015 e anos anteriores. Estamos no campo da gestação expontânea. Nem é preciso acelerar no fim.

A escola pública rejeita os feios porcos e maus

A verdade vem sempre ao de cima como o azeite por muito que custe aos extremistas proprietários da verdade absoluta. Se algum dia conseguirem o poder absoluto sobre a escola eliminando as que não conseguirem controlar nunca saberemos o que realmente se passa. 

"Não chega cumprir a lei, quando é evidente que a injustiça cresce diante dos nossos olhos. O problema é muito grave e já o seria se envolvesse um só aluno da cidade. Mas, desgraçadamente, envolve muitos. Depois, é grave porque está a criar dois tipos de escolas públicas. De um lado, as escolas públicas que rejeitam este tipo de alunos, chamamos-lhes as escolas públicas limpas, do outro, as escolas que os aceitam porque, situadas em “bairros sociais problemáticos” (ex. Cerco, Viso, Leonardo Coimbra), estão a ficar sem alunos, na sequência da debandada gradual da “classe média”, que apreende bem este movimento e retira os seus filhos para escolas mais limpas, que todos sabem quais são, mesmo ultrapassando disposições administrativas. Assim, este segundo tipo de escolas da cidade, as escolas públicas sujas, que a designação TEIP só ajuda a denegrir, concentram cada vez mais alunos com percursos escolares “irregulares”, como os que acima descrevo.

Além disto, há uma rejeição de alunos, mais sistemática, por parte das escolas secundárias, com base nas classificações e outros motivos burocráticos que se entende invocar apenas perante alguns alunos, para afastar os “indesejados”, pois podem estragar o perfil da escola e das turmas.

Cai assim mais uma mentira, a rejeição era atribuída exclusivamente aos colégios privados para daí se concluir que a escola pública integrava, dava igual oportunidades a todos . Mas como se vê só a democratização das escolas nos seus vários modelos de gestão permite o combate às desigualdades. Apoiando boas escolas sejam elas públicas ou privadas