Vai continuar a transportar pessoas em más condições, ao sabor das greves dos sindicatos,uma por semana . E quanto ao não produzir EBITDA ( lucros), o problema é que nunca os produziu. Sempre produziu prejuízos o que quer dizer que foi e é paga por impostos. António Costa diz tudo o que lhe vem à cabeça mesmo aquilo de que sabe muito pouco, isto no pressuposto que se trata de ignorância e não de má-fé.
O fanatismo ideológico não é ser a favor da Carris do Estado ou da Carris privada , o fanatismo é ser a favor de empresas públicas que não cumprem o objectivo para que foram criadas, deixando ao frio e a chuva os passageiros mais pobres nas greves semanais. Ou servirem de instrumento de luta política dos partidos que dominam o aparelho de estado e os sindicatos em que os funcionários só têm direitos e nenhum dever.
As empresas de transporte público em Portugal, têm um único objectivo, como se vê na actual sonolência em comparação com a gritaria histérica no tempo do governo anterior. E António Costa não tem vergonha de estar a pagar o favor que PS, PCP e BE lhe prestam ao manterem o seu governo de derrotados em funções.
Lisboa está transformada num enorme estaleiro de obras que dá cabo dos nervos dos cidadãos. Nos dois últimos anos houve um aumento de 15 000 carros/mês nas ruas de Lisboa. Ora, só há uma arma para combater este pesadelo. A melhoria dos transportes públicos.
Ao invés o que se vê é o metro nem sequer ter dinheiro para comprar papel e as carruagens são cada vez menos ( estão paradas para fornecerem peças às que se movimentam) e o seu ritmo é cada vez mais espaçado. Os autocarros não cumprem horários. Os barcos no rio estão parados há tanto tempo que perderam as autorizações para navegar.
Se o governo fosse o anterior não faltariam greves e manifestações contra as retenções de verbas que prejudicam a qualidade dos serviços públicos desde a educação aos transportes passando pelo SNS ( prefiro ir a tribunal por não cumprir regulamentos do que ser acusado de homicídio- Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria)
É isto o controlo do défice e os aumentos/reposição das pensões e dos salários da função pública. Um falhanço em toda a linha na qualidade dos serviços públicos mas não se ouve uma voz dos seus habituais indignados defensores.
Agora que António Costa nos remete para os transportes públicos a verdade é o que se sabia mas que sempre se encobria. São lentos, caros e faltam a qualquer momento. Uma larga maioria dos cidadãos prefere o carro próprio porque é mais barato, mais confortável, mais fiável e não está sujeito a greves dos camaradas da CGTP.
Os transportes públicos são, na opinião do Presidente da Câmara, "absurdamente caros " .
O autarca elogiou, ainda assim, o Governo de Passos Coelho (PSD), por ter sido "o único" que deixou legislação que, "não sendo perfeita", "fez um processo de descentralização de competências", ao nível do transporte público, para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Neste momento, a autarquia está em conversações com a administração central para uma eventual municipalização da Carris e do ML, transportadoras que, em quatro anos, perderam "cem milhões de passageiros". As negociações, garantiu na segunda-feira, em declarações aos jornalistas, Fernando Medina, "estão a correr bem".
Residentes da zona de Lisboa preferem o carro para ir para o trabalho
Em 2011, nos Censos, 54% das pessoas que residiam na região de Lisboa (abrangendo 18 concelhos) afirmaram que iam para o trabalho ou para a escola de automóvel. Isto representa cerca de 1,5 milhões de pessoas. Quer dizer as vítimas das greves são os mais pobres que não têm transporte próprio.
Causa apreensão no sector. Em causa está um texto de opinião que Caldeira Cabral publicou a 4 de agosto de 2011 no Jornal de Negócios, onde admitiu que “o aumento do preço dos transportes públicos é parte da solução”, defendendo que “falta fechar serviços que não fazem sentido, em particular nos comboios regionais, reduzir custos e melhorar a gestão da rede de transporte”.
Os prejuízos de linhas com baixa utilização significam que os respetivos passageiros recebem um subsídio anual, que em alguns casos ultrapassa a dezena de milhar de euros, pago pelo mesmo Estado que paga pensões infelizmente tão baixas, ou que neste momento tem de cortar serviços muito menos caros e mais justificados”.
É estranho, mas um maquinista pode chegar a receber mais de 5 mil euros por mês, entre salário, horas extra-ordinárias e outras formas de remuneração”. E também defendeu uma rentabilização dos ativos das empresas de transportes. “Aproveitar melhor o espaço dos terminais e atribuir novas concessões, pode até trazer novas receitas, ao mesmo tempo que dá mais alternativas aos utentes. O mesmo pode ser dito da envolvente dos terminais de transporte onde algumas empresas de transporte têm espaços imobiliários muito centrais totalmente desaproveitados, perdendo com isso receitas potenciais e contribuindo para a degradação urbana”.
Como se vê há ideias centrais que são consensuais entre os governantes sejam eles do PS ou do PSD.
Mil e quarenta greves se não me engano nos transportes de Lisboa e Porto. Foi a primeira cedência do PS ao PCP e ao BE. As greves de uns quantos contra os seus clientes, trabalhadores como eles mas que ganham menos e não têm alternativas.
A CGTP já tinha ameaçado que os papéis que dão apoio a este governo tinham que ter efeitos práticos. A população já começou a ganhar. Paga previamente o serviço que depois não lhe é prestado.
E lá se vão os investimentos na modernização das empresas, os milhões em indemnizações e o afastamento de grandes empresas internacionais do sector .
Seja antes seja depois do visto do Tribunal de Contas, não é só o vencedor que tem de ser indemnizado, explicam fontes conhecedoras dos processos. Todas as empresas a concurso têm esse direito. Assim aconteceu no caso do TGV, quando os concursos foram suspensos pelo governo de Sócrates, invocando a “significativa e progressiva degradação da conjuntura económica e financeira” de Portugal.
Zita Seabra conhece bem este mundo : o PCP transformou-se de partido ideológico em partido sindical”, acrescentando que “está a jogar a sua sobrevivência”. Quanto às opções governativas, Zita Seabra acredita que vai haver problemas na execução, já que, por exemplo, “não há dinheiro” para a nacionalização dos transportes.
É do pior que consta no programa do PS . E só isso vale o acordo para o PCP e para a sua CGTP. Empresas de transportes públicos pagos por nós todos . Greves atrás de greves politicas com grande prejuízo para os trabalhadores mais fragilizados que pagam mas não usufruem do serviço. À chuva e ao vento, gente que se levanta de madrugada e que os grevistas da CGTP tratam como lixo. Dizem que é na defesa das conquistas .
Se alguém não percebe o apoio do PCP ao governo do PS tem aqui a razão bastante. Manter na sua órbita e dos seus sindicatos as empresas públicas que param o país para reivindicar mordomias que todos nós pagamos.
Quando se poupam alguns milhões nos transportes nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, é possível estender o desconto social a todo o território.
""O Estado já para este ano de 2015 reservou um montante de até 35 milhões de euros de apoio social para todo o país, em que não só os que moram nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, como até aqui, mas todos vão poder ter descontos nos transportes, em função do rendimento do agregado familiar"
""Compete agora às câmaras fazer a avaliação ao sistema de transportes e contribuir para que as pessoas que estão sobretudo em zonas menos habitadas ou mais distantes da sede de concelho possam ter um transporte, regular ou a pedido, que possa ser subsidiado pelo Estado".
Os órgãos locais municipais têm agora a palavra para implementar o conceito junto das populações mais desprotegidas antes que apareça por aí, mais um referendo contra a municipalização dos serviços do estado, como já está a acontecer na educação
Dizem que é por causa da crise e do desemprego. E eu a julgar que, sem dinheiro, os cidadãos deixavam o carro em casa e passavam a andar de transportes públicos. Mas não, as pessoas não querem estar sujeitas às greves. Só não foge do "serviço publico" quem não pode. Os que não têm carro próprio. Os mais pobres que não podem perder parte do vencimento com faltas e atrazos no emprego.
“As greves dificultam cada vez mais a utilização do transporte público tornando-o mais dispensável. É um contra-senso [dos trabalhadores], mas são modos de ver”, analisa Rui Loureiro, que preside também a cada uma das três empresas de transporte. Os utentes estão cada vez mais desiludidos .
Quando Carris, Metro e Transtejo/Soflusa forem efectivamente unificadas na Transportes de Lisboa, haverá ajustes nos quadros. “A gestão comum liberta postos de trabalho, principalmente ao nível dos corporativos. Ainda não posso quantificar. Mas não vai haver despedimentos colectivos. Vamos negociar. E existe muita gente disposta a isso”. Entre 2010 e 2014, 998 colaboradores saíram das três empresas.
Depois da Páscoa passada na Santa Terrinha já se limpam armas para o fim de semana do 25 de Abril...
O Secretário de Estado dos Transportes anda a dizer que gostaria de ver o poder local mais envolvido na gestão dos transportes mas não fala com António Costa. E, este, ameaça que vai para tribunal.
O Governo, sustentou António Costa, "não pode querer simultaneamente ter um maior envolvimento das autarquias e, ao mesmo tempo, entender que dispõe de empresas que são da cidade sem ouvir a cidade e sem ter em conta o que é que a cidade deseja sobre essas empresas".