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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Quem protege os ricos ?

Quem é que proporciona às classes ricas saúde de graça, velhices de luxo e poupando-lhes os filhos ao convívio das classes baixas? Taxas moderadoras da saúde conforme o rendimento? Querem eliminá-las evitando que um banqueiro nada pague. Plafonamento das pensões na Segurança Social ? Discordam e não se importam que os trabalhadores paguem as chorudas reformas. Cheque ensino que permita aos mais pobres escolher a escola dos filhos? São contra, não vá os filhos da plebe invadir os colégios reservados à elite.

E é assim, porquê? Porque não lhes importa favorecer os mais abastados desde que, seja o estado a fazê-lo, nem os inquieta a desigualdade desde que seja o estado a produzi-la. Ou seja, para os estatistas, não os preocupa a atenuação da pobreza ou da desigualdade o que os preocupa é o seu domínio  sobre sectores fundamentais da nova economia de serviços como a saúde e a educação. 

Não é o serviço público que os motiva e inspira é o emprego público, mão de obra sindicalizada dos serviços do estado, que agora usam  em vez da outrora classe operária. Para encher autocarros de manifestantes. Ao defenderem serviços públicos na prestação directa pelo estado é por essa base partidária que as oposições zelam. É essa a sua verdadeira batalha.

PS : (a partir de um texto de Rui Ramos -Expresso)

A RTP custa num mês o que um hospital custa num ano

Mais coisa menos coisa. Num país em que há listas de espera para cirurgias ( 160 000 doentes) há aqui qualquer coisa que me escapa. Não percebo as prioridades. 200 milhões por ano ( chegou a custar perto do dobro) é muito dinheiro. Claro que há serviços prestados importantes -  internacional, África - mas o resto pode ser contratado com os privados. Muito mais barato .

Mas, é claro, que os mesmos de sempre acham o serviço público de televisão inegociável como, aliás, todos os outros serviços do estado. No fundo há que manter o estado que nos levou à bancarrota.

Criopreservação - banco público e banco privado são complementares

Células estaminais hematopiéticas, recolhidas do sangue do cordão umbilical, utilizadas para tratamentos de doenças hematológicas, são utilizadas desde 1988. Já foram feitos mais de 20 000 transplantes pelo que é uma técnica perfeitamente validada.

Dos 100 000 partos do ano passado 15% recorreram aos serviços privados. O que corresponde a 15 000 amostras, restando 85 000 para serem utilizadas pelo serviço público. Como é economicamente insustentável guardar as amostras de toda a população, a solução passa pela organização em rede de todos os serviços públicos mundiais.

Todas as crianças podem recorrer aos serviços públicos. Nos serviços privados é preciso a autorização expressa dos tutores. Por outro lado há a questão das compatibilidades o que leva à procura, em 100% dos casos , nos bancos privados e só depois nos bancos públicos.

Os bancos são complementares oferecendo uma mais valia a todos os doentes. Não só num maior número de amostras mas também em investigação.

Serviços públicos e serviços privados neste e noutros sectores podem e devem coexistir .

(Público - revista)

Para que a RTP seja livre e eu deixe de a pagar assino onde ?

A RTP até podia ser livre e não ter que me ouvir. Emitia o que queria, entrava na concorrência, lutava pelas audiências e pela publicidade e eu já não tinha nada a ver com isso. Mudava de canal e já estava. Mas assim não posso, tenho a obrigação de saber o que fazem ao meu dinheiro . A RTP comporta-se como se não tenha que dar explicações a ninguém, vive de subsídios, cada ponto de audiência custa mais do dobro da SIC e da TVI. Paga vencimentos elevados que um país pobre não consegue sustentar e tem estruturas em tudo iguais às das empresas privadas.

A Comissão de Trabalhadores reinvindica sempre mais e coloca no ar os eternos comentadores que defendem a sua permanência. Dizem que fazem serviço público. Seja, mas façam-no com dignidade, com custos semelhantes às privadas e com audiências próximas.

A RTP custa o dobro das privadas e tem metade das audiências.

Mais uma vez o estado - um buraco superior a mil milhões

Agora na Segurança Social foi descoberto um buraco superior a mil milhões de Euros. A golpada é sempre a mesma. Quem tem acesso aos processos, fá-los desaparecer, ou vai-os colocando em último na fila por forma a chegarem à prescrição ou, pelo menos ,sempre à espera que o sistema os perca de vista ou os esqueça.
Esta golpada é copiada em tudo o que são serviços do estado. Na Justiça os processos vão apodrecendo na gaveta ( a mim uma Juíza, ao fim de sete anos, disse-me que a minha acção contra alguns jornalistas jazia, juntamente com outras, no fundo de uma gaveta e ninguém lhes mexia). Como quem diz, isto é uma chatice, acaba com isto e depressa. Aliás, disse-mo várias vezes de viva voz.
Ter funcionários avençados , nos serviços estratégicos públicos é o normal por parte da maioria das empresas. Um tipo que eu conheci e que já não vejo há mais de vinte anos, um dia disse-me, nunca mais vou pagar impostos nem vou receber nenhuma citação das finanças, vou morrer para eles. Mudou a propriedades das coisas para nome da mãe que estava num lar "entravada" com vários AVC , um funcionário diligente fez desaparecer os processos que pendiam sobre ele e nunca mais entregou documento nenhum ao estado em nome dele. E, realmente,morreu !
Que houve muita gente a ganhar dinheiro com golpadas destas nos anos de brasa de 70 é mais que conhecido mas que a "coisa" se mantinha com esta amplitude é uma enorme surpresa. O Estado é um sistema fechado, resistente à mudança e ao controlo. Sem vários modelos de gestão a fornecer serviços públicos as "batotas" nunca terminarão. E o que não se saberá?
Um amigo meu tem, para aprovação na Câmara Municipal de Lisboa, um projecto de um prédio com 112 fogos, há vinte anos ! Já foi a diversas Assembleias Públicas da Câmara gritar com o António Costa que, coitado, lhe dá toda a razão no momento, mas que não é capaz de ultrapassar os serviços.
Os serviços do Estado não podem ser monopolistas no fornecimento dos serviço públicos!