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BandaLarga

as autoestradas da informação

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as autoestradas da informação

O pior do socialismo financiado pelo pior do capitalismo

Não há estados interventivos, monopolistas e abafadores da sociedade civil sem Ricardos Salgados. E a inversa também é verdadeira. Para quê sujar as mãos na agricultura e ter que ouvir o barulho dos teares na indústria se posso fazer contratos PPPs, com o Dr. Paulo Campos? Ou se posso ser o accionista de referência nas empresas públicas, o seu principal banqueiro e segurador, consultor e administrador? Só um estado monstro, metido em tudo e controlando tudo é que sustenta grupos económicos extractivos. Extraem para alguns. Para os seus. Família ou amigos. Não há bem comum. Há o bem de um ( João Vieira Pereira - Expresso). O parceiro foi sempre o mesmo. O estado. Ao contrário, precisamos de grupos económicos e instituições políticas inclusivas que difundem o valor criado pelo maior número de indivíduos.

Debaixo do guarda-chuva "interesse público" , PCP, BE e parte do PS ( PSD e CDS noutros refúgios mas à procura do mesmo) andaram de braço dado com Ricardo Salgado em tudo o que era negócio. Nem todos o fizeram pelas más razões mas de boas intenções está o inferno cheio. Fomos, somos e continuaremos a ser o país mais pobre e desigual da Europa se não libertarmos a sociedade civil. A liberdade, a economia de mercado, a transparência e a concorrência, conquistas do 25 de Abril, não chegaram ao estado. Confundimos socialismo com estatismo. Está aí, à luz do dia, tudo o que tem que ser mudado!

Tenham medo, muito medo

E se Ricardo Salgado conta o que sabe? E sabe muito. Vinte anos a fazer e a desfazer governos leva muita gente a ter pesadelos. Entre os políticos avençados e que rodopiaram na porta giratória do BES. E os poderosos que entraram em negócios onde a confiança e o segredo são a alma da ganância.  A informação que tramou Salgado veio de lá de dentro e não são muitas as pessoas que tinham acesso a este nível de informação. Vinte e três quadros já pediram a demissão, são os ratos a abandonar o navio. Mas há muitos mais que vão perder muito dinheiro e não são gente para perdoar.

Antes de Passos Coelho e Carlos Costa ninguém teve a coragem de dizer não a Salgado. Grandes negócios cobertos pelo manto diáfano do poder político e dos responsáveis máximos pela justiça. O pânico está tão presente na cabeça dos políticos que é Brilhante Dias a fazer a pergunta. E se ele conta o que sabe? 

O verdadeiro interesse público

Francisco Proença de Carvalho é um dos advogados de Ricardo Salgado. Não faz a coisa por menos. Se não formos nós a pagar os desmandos da família Espírito Santo o país está desgraçado. E é mil vezes melhor pagarmos do que o país cair na desgraça. Portanto, o verdadeiro interesse público, exige que todos, mas especialmente quem tem responsabilidades decisórias, façam tudo para repor muito rapidamente a normalidade no sector financeiro português e, especialmente, em tudo o que diga respeito ao universo Espírito Santo que possa ter efeito sistémico. E, sim, o Estado, nós contribuintes, se a coisa corresse mal, teríamos que ser a garantia para evitar males maiores, verdadeiramente nefastos para o país. Quanto mais cedo tivermos claro isso, mais facilmente resolveremos estes problemas, evitando prejuízos maiores para todos. É uma questão de promoção da confiança. Sem demagogias e com pragmatismo.

O verdadeiro interesse público. Costuma andar na boca de outros bem diferentes mas as razões são as mesmas. Paga que é melhor para ti!

A RENT foi encomendada à Assembleia da República

A RENT é uma lei que foi encomendada pelos poderosos que tinham colocado dinheiro lá fora. José Gomes Ferreira disse há pouco na SIC que elementos da instituição Tributária lhe asseguraram que a lei foi encomendada por advogados dos próprios e com assento na AR. Permite que o dinheiro volte a Portugal pagando 7% e limpando todo e qualquer crime cometido. Ora ouça:

...e com todas as letras

 

Ricardo Salgado foi detido

No âmbito da Operação "Monte Branco" a maior operação de branqueamento de dinheiro alguma vez conhecida cá no burgo. Tanta gente que se preocupou por Portugal pedir ajuda externa. Dedo mindinho "adivinhador" ? Fontes próximas deste processo explicaram ao i que a dupla nacionalidade do ex-banqueiro – luso-brasileira – pode ter algum peso na definição da medida de coação. O facto de possuir um passaporte brasileiro pode fundamentar uma eventual prisão preventiva por perigo de fuga. Ao que o i apurou, os investigadores têm o receio de que Salgado possa viajar para o Brasil - país que nunca extraditará para um país estrangeiro um cidadão brasileiro.

O que é a operação "Monte Branco" ?

É o poder político que explica Jardim Gonçalves e Ricardo Salgado

É o poder político que explica Jardim Gonçalves com Guterres e Ricardo Salgado com Sócrates e não o contrário. Mandaram a seu belo prazer, fizeram e desfizeram negócios em cumplicidade com o poder político. Não haja equívocos: Jardim e Salgado dominaram mesmo. Geriram enormes activos. Fizeram e desfizeram carreiras e negócios. Mas nunca teriam ascendido a esses cumes imperiais sem a sua notória promiscuidade com a elite partidária. Numa sociedade onde o Estado pesa como em Portugal e está confundido com tantos interesses comerciais e corporativos, só quem dispõe de canais privilegiados com governos e partidos pode “tornar-se dominante”. E convém não esquecer que Jardim Gonçalves veio do sector público e Ricardo Salgado do sector privado . O que é comum é haver bancos ou empresas "dominantes". Sejam públicas ou privadas.

Ricardo Salgado é um dos evasores fiscais

O caso "Monte Branco" apanhou peixe graúdo na rede. Banqueiros também. Mas o que veio na comunicação Social foi que Ricardo Salgado se disponibilizou para prestar declarações na polícia. Como quem diz, "quem não deve não teme". Mas parece que a história não é bem essa.
"Segundo uma peça no jornal SOL de Felícia Cabrita, uma jornalista de investigação que trata por tu o segredo de justiça, em coautoria com Ana Paula Azevedo, o banqueiro do regime Ricardo Salgado usou alegadamente os serviços da Akoya, o veículo de Michel Canals, que está a ser investigado no processo Monte Branco, para movimentar ilegalmente durante vários anos de Portugal para o estrangeiro e vice-versa capitais que só foram declarados mais tarde ao fisco quando foram detidos os primeiros elementos da rede, tendo Salgado rectificado então as declarações fiscais e pago então os impostos com o desconto ao abrigo do RERT III - uma espécie perdão fiscal para os evasores.
É mais um caso a juntar aos submarinos, à herdade dos Salgados, à participação no assalto ao BCP, às relações promíscuas com a Ongoing, à serventia à «facilitadora-geral da República» para movimentar dinheiros, entre outros. Mesmo tratando-se de um país mais opaco do que transparente, não será um bocadinho muito demais para um presidente do segundo banco privado português que transpira respeitabilidade? "